quinta-feira, dezembro 17, 2015

Marxismo e Criança

]
Iniciei um artigo científico a ser publicado em uma revista. Aqui, publico seus dois primeiros parágrafos.

Ei-los:

Em qual livro de história lemos a luta de classe como luta da “estética do falso”? Tais páginas jamais foram escritas na história do marxismo, porque, entre o patrão e o empregado, as lutas nas ruas da Europa e do Brasil sempre se marcaram por sua natureza orgânica, isto é, a práxis do corpo sempre se reduziu a ser meio ou a ser  instrumento da violência ou instrumento da força do corpo enquanto corpo reduzido ao orgânico.



Em qual pensador lemos o marxismo brincando com as crianças? Nas entrelinhas ou de forma invisível, elas podem estar em certos filósofos; porém, de maneira tão visível, não há outro senão ele: quem, nos últimos dias da frágil República de Weimar, em 1933, aproximou marxismo e criança no livro Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação; não há outro senão este filósofo: quem afirma nessa obra que “a encenação contrapõe-se ao treinamento pedagógico como libertação radical do jogo” (pág. 87) - enfim, eis o nome: Walter Benedix Schönflies Benjamin ou tão somente Walter Benjamin (1892-1940).