sexta-feira, outubro 14, 2011

Depois de fevereiro, bons e ruins resultados



Em 16 de fevereiro deste ano, meus alunos elaboraram uma introdução após a leitura da proposta redacional do Enem de 2005. Quero destacar aqui o texto de uma dupla muito atenta à refacção textual: Késsia de Lima Monteiro e Renata Melo Silva.

Com quatro aulas de produção textual por mês, o processo de reconstruir o próprio texto é longo e muito cansativo. Sem que eu explicasse algo, elas escreveram a seguinte introdução:

Hoje em dia podemos afirmar que no Brasil o trabalho infantil já não é mais algo anormal e sim um erros dos familiares, e do poder publico ao permitirem que isso aconteça. O pior é que a maioria desses jovens que atuam nos lugares dos pais não terminam os estudos e não conseguem alcançar uma faculdade, e isso acaba prejudicando os seus futuros, fazendo com que eles acabem perdendo a melhor oportunidade que o mundo nos dar de ter uma boa vida.

Após eu explicar os textos da redação do Enem de 2005 e o tema relacionado a esses textos, elas apresentaram, depois de muitas críticas, sugestões e reconstruções, esta introdução:

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5.438 milhões de crianças e de adolescentes entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil, lugar onde "o futuro espelha essa grandeza". O maior índice de trabalho infanto-juvenil localiza-se no Nordeste, com 2.296 milhões (42.2%). Em segundo, aparece o Sudeste, 1.513 milhão (27.82% ).

Outubro. Sem minha ajuda para a reconstrução textual, elas escreveram uma introdução conforme o Enem de 2002.

Em 1984, em São Paulo, a sociedade realizou um comício pelas Diretas já!, em busca do direito da população votar e ser votada, conquistando assim a democracia. Por falta de conhecimento histórico, os jovens de hoje não sabem valorizar a importância de um voto, deixando espaço livre para a corrupção.
Comparado ao texto de fevereiro, houve melhoras. Há problemas ainda; porém, durante meses, muitos erros foram evitados. Evidente que outros alunos não superaram seus limites. Um professor não consegue  100%.