sábado, maio 24, 2014

Paralisação dos professores

Em um ano, os professores do Rio de Janeiro pararam suas atividades - isso não é igual ao conceito de greve - quatro vezes, mas esse número não indica soma ou multiplicação do clichê "luta sindical", e sim uma subtração.

Ou seja, o sindicato só tem perdido com seu modelito cafona ou brega de luta sindical.

Hoje, tempo frio e chuvoso de outono, acordei cedo como sempre para comprar meus jornais. Em O Dia, a manchete "Professor grevista vai fazer 'rolezinho' em shoppings".

Além da falta de qualidade de ensino, também existe a falta de qualidade da luta sindical.

Os caras perderam a noção do ridículo.



       

terça-feira, maio 13, 2014

Estamos com inveja do governador acriano


Claudio Ezequiel Passamani, meu amigo, vc afirma que a entrevista do governador causou inveja. A entrevista causou inveja!?!? 

Quer dizer que um homem de estado causa inveja a quem critica. A critica é consequência de inveja, ou seja, quem critica queria ser governador ou queria ter sido entrevistado no Roda Viva.

A crítica, por exemplo, ao governador por ele ter dito "asfaltar todas as ruas do Acre" existe por causa da inveja.

Então, a minha proposta é seguinte: que anônimos - e não invejosos - criem um Face para mostrar "todas as ruas asfaltadas" no final de mandato de Tião Viana.

Inveja. Quer dizer que ao DETALHARMOS a relação entre perguntas dos jornalistas e respostas do governador no Roda Viva para tecer críticas é INVEJA. Eu, por exemplo, tenho inveja do governador por criticá-lo.

Ora, não se critica por causa de "inveja"; critica-se porque a palavra significa "julgar", ou seja, ao criticar, separa-se, seleciona-se, por exemplo, eu separei "todas as ruas asfaltadas" da realidade urbana de Rio Branco. Crítica não possui outro significado, é como 2 + 2 = 4.

Dito isso, a questão é a seguinte: "todas as ruas serão asfaltadas"? A estrutura frasal é esta, e a resposta não pode se desviar dessa estrutura.

Inveja. Sim, eu tenho inveja, muita inveja dos homens cultos, dos políticos inteligentes, por exemplo, quando o senador Cristovam Buarque pensa a educação pública. Ele pensa a palavra educação, o que não ocorre com o governador do Acre quando fala de educação. E, por isso, eu tenho inveja.

Quando Buarque fala da "federalização do ensino fundamental", ele, que é leitor de Anísio Teixeira, refere-se à questão "estrutural". Quem fala de do conceito de "estrutura educacional" no governo do Acre?

Ora, a crítica não é consequência de inveja, mas consequência de quem seleciona conteúdo de um discurso para comparar com. Esse é o ÚNICO sentido da crítica, único porque esse é o seu sentido etimológico.

Depois de ouvir Tião Viana

Não busco falar mal do PT por falar, mas, se falo bem, é porque existe uma história que você vê em Rio Branco, por exemplo.

O Acre melhorou muito com a administração do Partido dos Trabalhadores. Melhorou muito.

Discordo do governador do Acre, Tião Viana, ao dizer que o Acre é pobre. Pobre são os seus políticos, tão pobre é a sua elite econômica.

Em sua entrevista no Roda Viva, disse que seu governo está asfaltando "todas as ruas". 

Todas as ruas. Não é preciso dizer mais nada sobre essa entrevista. Todas as ruas. 

O sabonete é um produto que escorrega


Longe da imprensa acriana

Em alguns momentos, quando os jornalistas (não acrianos) o deixam com perguntas incômodas, o governador do Acre, Tião Viana, responde com outra pergunta, desviando-se do tema em questão.

Por muitas vezes, diz que o Acre é um estado pobre, mas, até onde sabemos, a folha de pagamento dos beneficiados pelo poder é altíssima. Esses não são pobres.

Governador, crie com a sociedade civil uma Roda Viva acriana, sem a mão de interesse partidário.




sábado, maio 03, 2014

Jorge Viana e Cristovam Buarque

Em uma dessas comissões do Congresso, ouvir Jorge Viana e ouvir Cristovam Buarque a respeito de educação, minha nossa!!!, não é só diferente, mas brutalmente desigual.

Cristovam eleva o debate; Jorge abaixa-o.

Aos sábados e aos domingos, comprar jornal é um ato de muitos e muitos anos. Quando existe em alguma banca no Rio, compro A Folha, mas garantido mesmo é O Globo, onde posso ler sempre os bons textos do senador Cristovam Buarque.

Esse senador, diferente de Jorge Viana, sabe muito quando o assunte é este: educação.

Hoje, o título de seu artigo é "Adoção federal" e começa assim:

Quando um banco entra em crise, o Banco Central intervém para evitar a falência; quando a segurança de uma cidade entra em crise, o governo federal aciona a Guarda Nacional; quando a saúde fica catastrófica, importam-se médicos; quando uma estrada é destruída por chuva, o governo federal auxilia o estado; mas, quando um município não tem condições de oferecer boa escola a suas crianças, o governo federal fecha os olhos, porque isso não é responsabilidade da União. Limita-se a distribuir, por meio do Fundeb, R$ 10,3 bilhões por ano, equivalente a R$ 205 por criança ou R$ 2 a cada dia letivo.

Por causa da história das séries iniciais terem sido condenadas aos municípios, o caminho dessas séries hoje tem de ser o governo federal.

Os municípios não têm condições para qualificar.

O Jorge nem coloca isso em pauta.