sábado, junho 20, 2009

Uma boa música aos seus ouvidos

http://www.youtube.com/watch?v=Z72Uv-qMci0

Secretaria, Redação e Sindicatos

Ontem, soube que a Secretaria de Educação do Estado não permitirá a semestralidade em 2010. Na prática, isso significa que o professor de Literatura-Língua Portuguesa lecionará para 6 turmas caso tenha um só contrato.

Mais turmas
Se em cada turma há 40 alunos, o professor terá diante dele 24o redações. Se o professor for muito aplicado, corrigirá mais de 240 por mês. Hoje, eu leciono para duas turmas; mas, com o fim da semestralidade, serão 4 turmas, ou seja, 160 redações.

Meu trabalho não será o mesmo. A qualidade ficará comprometida. Para falar a verdade, não lecionarei aula de Redação como antes, e isso se eu lecionar. Não serei uma peça em uma engrenagem que não funciona bem.

Sindicatos
Neste momento, onde estão o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Acre (Sinteac) e a presidenta do Sindicato dos Professores Lincenciados (Sinplac)? No caso dele, deve estar dando entrevista sobre fuso horário.

Segundo eu sei, eles defendem o fim da semestralidade. Sinteac e Sinplac deveriam exigir da Secretaria de Educação um debate que envolva professores. Depois disso, o corpo docente estadual deveria votar. A questão é séria.

Qualidade
Caso a secretaria tome decisão unilateral, a produção textual em sala de aula será inviável. Por outro lado, a secretaria pode até recusar a semestralidade, mas desde que diminua a quantidade de alunos em sala de aula. Hoje, como já disse, são 40, o Estado deveria reduzir esse número à metade.

Sobre isso, os sindicatos calam-se, porque, para Sinteac e Sinplac, falar de produção textual em sala de aula é assunto técnico e, por isso, assunto pequeno para seus interesses políticos e não educacionais.

Assembleia Legislativa do Acre
Deputados debaterão sobre isso? Se seus blogues não se envergonham dos erros grosseiros de português, não será a assembleia que debaterá sobre produção textual fora da semestralidade.

A assembleia tem outras preocupações, por exemplo, ofender e defender o subsecretário da Saúde, professor Sérgio Roberto. Outra: elogiar o Internacional, do Rio Grande do Sul, na tribuna. Mais uma: falar de investimentos de deputados na bolsa de valores de Nova York.

Seus filhos não estudam em escola pública.