quinta-feira, dezembro 15, 2011

Ao colega Gleyson Moura



Gleyson, sei que não dei continuidade ao seu projeto e muito menos preparei a poesia para teus alunos. No entanto, como dei a minha palavra, falarei de literatura em tua escola em 2012. Irei procurá-lo.

Quanto a tua postagem referindo-se ao meu texto sobre o Acre, digo-lhe que o blogue é um espaço menor para pensar algo tão importante.

Agradeço não por causa do teu elogio, mas por causa de teu respeito. Gosto mesmo quando se opõem a mim com elegância, porque a gente aprende.

Nesses meus 20 anos de Acre, confesso a ti, um acriano, que a realidade social local me fascina, provoca-me a refletir sobre o que somos, sobre as mentiras do que somos, sobre as vergonhas do que somos.

Evidente que não há uma identidade absoluta, unitária; existem identidades. O Acre é um retalho de formas e de cores. Existem muitos Acres dentro do Acre.

De um pensamento, Gleyson, tenho certeza: o acriano de certas classes sociais não sabe falar do Acre porque nasceu no Pará, em Brasília.