quinta-feira, abril 15, 2010

O Sinplac não aprende

Não houve aula hoje na escola Heloísa Mourão Marques por causa da paralisação do Sindicato dos Professores Licenciados do Acre, o Sinplac. Marcada para as 8 horas, a assembleia deu sinal de vida somente 15 minutos antes das 9 horas. Esperei 1 hora.

Depois de tanto falatório inútil - houve pouca exceção -, formou-se uma comissão para negociar com o governo da Frente Popular. Às 12h20, terminada a negociação, a presidente do Sinplac informou que o governo se recusou a repor as perdas salariais.

Segundo o Sinplac, há 5 mil professores filiados, mas nem 10% deles encontravam-se na assembleia. Mesmo assim, mesmo sendo minoria da minoria, os professores votaram a favor de uma "greve". Já assisti a esse filme.

Se uma minoria vota pela maioria, qual pode ser o resultado disso? O Sinplac não aprende e, por isso, reproduz como autômato práticas inúteis de luta sindical, por exemplo, uma minoria vota por todos.

Penso que, em cada escola, deveria haver uma urna para que o professor votasse a favor ou não de uma greve. Dessa forma, a votação seria expressiva para negar ou afirmar uma paralisação. Preso a uma prática ilegítima, isto é, uma minoria é a voz de todos, o Sinplac se condiciona a não renovar o atual modelo sindical, repetindo as formas do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Acre, o Sinteac.

Por causa de sua atual estrutura, o Sinplac não conseguirá êxito com essa "greve". Nem todos aderiram. A forma como organiza os professores e como se organiza é um erro. Um dia parado equivale-se a um dia de reposição de aula.

O tempo mais uma vez denunciará o fracasso dessa "greve". O Sinplac não aprende com o tempo.