quarta-feira, abril 07, 2010

Um currículo homossexual


Conae - Livros didáticos e escolas terão de incluir temática LGBT

Escrito por Portal UOL - Simone Harnik

Quinta, 01 de Abril de 2010

Os temas sobre orientação sexual e homossexualidade terão de aparecer nos livros didáticos e nas salas de aula. Pelo menos, foi essa a decisão da Conae (Conferência Nacional de Educação), que acontece em Brasília até quinta-feira (1º).

Segundo o presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), Toni Reis, o movimento LGBT está satisfeito com a conferência. “Saímos vitoriosos. Se o país cumprir o que foi aprovado, a homofobia na escola está com os dias contados”, afirma.

A Conae pretende traçar diretrizes para a educação do país, que podem ser incorporadas no Plano Nacional de Educação. É este plano que define o que será prioridade no ensino brasileiro nos próximos dez anos.

Além da presença nos livros escolares, a temática LGBT deverá ser ensinada nas faculdades e cursos de formação de professores. Além disso, de acordo com Reis, a conferência definiu que o livro didático não poderá ter conteúdos que discriminam homossexuais. “É o fim das piadas sobre gays nos livros”, diz.

Propostas LGBT na conferência

O movimento LGBT levantou três propostas na Conae: o fim da homofobia na escola; que travestis possam usar o nome feminino nas salas de aula; e que a discriminação a homossexuais seja considerada crime no Brasil. “Hoje temos uma preocupação especial com a situação das travestis, que são as que sofrem mais discriminação na escola”, acrescenta.

Segundo Reis, entidades nacionais apoiaram os projetos, entre elas a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras).

Agora a ABGLT pretende utilizar a decisão da Conae como uma referência para pressionar por mudanças. “Queremos avaliar, monitorar, e acompanhar de forma propositiva as políticas públicas”, diz Reis.

A revolução que faltou ao encontro

Postaram estas palavras, elas se referem à "Revolução do PT faltou ao encontro", texto escrito por mim. Escreve-se:

Além disso, outras questões para as quais o PT fez-se de cego e surdo em relação à educação:

* Elaborar e fazer circular material didáico regionalizado;
Esta questão é muito interessante. Os currículos regionais partiram do governo federal e, até hoje, a Secretaria de Educação do Acre, administrada pela Frente Popular há quase 12 anos, jamais rascunhou uma possibilidade.

Não temos, por exemplo, uma produção textual de alunos analisada pelo próprio corpo docente da área que leciona na escola, ou seja, o que ocorre na escola não se transforma em material didático.

* Promover nas escolas o "tempo do diálogo", pois a falta disso tem-nos feito emburrecer a cada dia;
O cotidiano escolar permanece congelado com práticas carcomidas pela tristeza de lecionar, pela ausência de reflexões. Uma observação irônica: o emburrecimento também alegra as pessoas.

* Premiar os bons alunos, não de forma esporádica, mas como programa permanente e contínuo;
A escola pública acriana é o lugar perfeito onde não se reconhece o melhor aluno.

* Estabelecer para a escolha dos coordenadores das escolas não o critério político ou do apadrinhamento, mas sim o da inteligência e o da competência.
Há 12 anos na rede pública estadual de ensino, nunca conheci coordenadores de ensino que transpirassem um pouco de inteligência. Peças indicadas por direções arbitrárias e incompetentes, os coordenadores de ensino fazem parte de uma paisagem sem cor, sem vida, sem paixão para transformar o ensino-aprendizagem.

Se a coordenação de ensino deveria ser o cérebro da escola, ela sempre foi anencefálica, fútil, tola, cômoda, preguiçosa. Não me refiro à escola Heloísa Mourão Marques, hoje.

Senhores, não estamos nos céus, isso aqui não é a Suíça, a escola pública não é Assembleia Legislativa e o PT jamais revolucionou a educação pública. As coisas estão apenas em sua enfadonha ordem.