terça-feira, junho 26, 2007

Eu Não a Vi Hoje (2)

Eu não a vi. Não vi. Ela, eu não a vi. Não vi. Não. Ela, eu não a vi. Não vi. Não a vi. Eu não a vi.

Eu-lírico (5)


Na foto, Max Horkheimer. Ele e Adorno escreveram um ótimo livro sobre a Razão, Conceito de iluminismo. Quando o professor bobinho de Literatura tagarela em sala sobre eu-lírico, não relaciona a voz poética como inquietação estética oposta à cultura de massa, ou seja, a Literatura desse professor ignora a linguagem poética no mundo hodierno.

Suas aulas são rotinas que reproduzem livros didáticos.

No caso de Conceito de iluminismo, quando o lemos, nós perdemos a inocência tola sobre a função política da razão científica ou instrumental, a mesma que gerou a sociedade industrial.

Os românticos e os simbolistas, por exemplo, opõem-se à mecanização da vida, porque "o industrialismo reificou as almas", isto é, coisificou-as.

Mas o que é "coisificar"? Horkheimer e Adorno respondem.

"Por meio das inúmeras agências de produção e de cultura de massa, os modos de comportamentos sujeitos a normas são inculcados no indivíduo como os únicos naturais, decentes e racionais. Ele só se determina ainda como coisa, como elemento estatístico, (...). Sua medida é a autoconservação, a adaptação à objetividade bem ou mal sucedida das suas funções, e o modo imposto para esta adaptação
."

Gostei de "a adaptação à objetividade bem ou mal sucedida das suas funções".