terça-feira, abril 21, 2015

Círculo dos Filósofos


Filósofos da Universidade Federal do Acre

A única falha nesta foto é ausência de crédito. O fotógrafo foi muito feliz ao registrar o momento. São professores da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Acre.
Depois da Lei 5.692/71, quando a Filosofia foi excluída das escolas pela ditadura militar, o Saber Filosófico só retornou às unidades escolares como obrigação, por meio da Lei 11.684/08, ou seja, 44 anos depois.
Ora, se Alemanha é Alemanha, se França é França, se Inglaterra é Inglaterra, não é pelo motivo de todos serem advogados, não é pelo motivo de todos serem médicos, não é pelo motivo de todos serem engenheiros - profissões procuradas no Brasil pelo status (econômico) -, mas porque Alemanha, França e Inglaterra - só para ofertar três exemplos europeus - possuem como RAIZ a educação ou, para ser mais exato, a Filosofia como "arché" nas escolas e nas universidades.
Estes países foram atravessados pelo Pensar.
A foto
Trata-se de uma imagem sagrada, porque a origem histórica dessa formalidade é sagrada, ou seja, o Saber Filosófico encontra-se "separado" porque sagrado é separação.
Se assemelha-se a vestes monásticas ou sacerdotais, não é por capricho dos homens, mas é porque o Saber também precisa se separar do comum.
Atrás, pessoas olham para várias direções, mas o Círculo dos Filósofos, como denominou meu saudoso amigo Manoel Coracy Saboia Dias, com traços orientais, olha para uma só direção, no caso, à esquerda, que representa a desobediência (pensada).
No canto, ele, Guilherme (de Ockham?), que, com seu chapéu, quebra a formalidade dos sacerdotes, desobedecendo, portanto, ao sagrado.Guilherme Cunha, para quem conhece, mistura, é pro-fano, um ser híbrido, por isso um profundo leitor de Nietzsche. No entanto, saibamos: Nietzsche não nega Jesus.
À frente dos que olham para várias direções, embora a formação desses pensadores não seja circular, ainda sim podemos simbolicamente denominar de Círculo dos Filósofos, forma geométrica que representa a igualdade (das diferenças) não só entre eles, mas entre eles e o público. Eles estão separados, mas não estão distantes dos que olham para várias direções
Não só isso. A Geometria está no livro "Ética", de Espinosa; encontra-se na Escolástica; escreve-se no livro "Timeu", de Platão. Mas por que a Geometria?
Isso já é texto para outro momento.

Jozafá responde, e eu contrarrespondo

Primeiro parágrafo

Meu amigo 
Aldo Bordoada: estabelecer uma dualidade entre as instituições segundo a preferência de quem julga é apenas desonestidade intelectual. Sem mais. Compreendo e até concordo com a sua referência a Heráclito, embora me pareça que você está tentan
do categorizar a questão a partir de seus conhecimentos recém-adquiridos na Academia. Mas não é o caso, pra mim. Não se aplica, até porque me parece um reducionismo: mesmo o militonto petista mais empedernido não categoria dessa forma (ou pelo menos não deveria). Porque é absurdo. Categoriza assim, e com certo histrionismo, quem observa o militonto e a partir dele forma uma concepção fatalmente genérica do atual discurso petista sobre a luta de classes nas instituições e como ela afeta o PT.

Eu contrarrespondo

Copiando as falas de João Bosco, vou dar uma de Jack Estripador: vamos por parte.
Jozafá Batista, dividamos em partes o seu primeiro parágrafo em Parte 1, letra A; Parte 2, letra B; Parte 3, letra C.
Parte 1)
A) Você escreveu: "Meu amigo Aldo Bordoada: estabelecer uma dualidade entre as instituições segundo a preferência de quem julga é apenas desonestidade intelectual".
1.1) Meu procurador, não se trata de "preferência de quem julga", porque conceitos (uno e contradição) não são de preferência minha. Quando pessoas dizem que "todos os políticos são corruptos", essa declaração é falsa, porque o real não é uno, e ele não é uno porque o real é irregular, assimétrico, contraditório. Quando se diz que é irregular, é da natureza do real. Isso não é "preferência de quem julga". Então, nem todos os políticos são corruptos. Nem todo petista é mensalão. Nem todo PSDB é coxinha.
Parte 2)
B) Você escreveu: "Sem mais. Compreendo e até concordo com a sua referência a Heráclito, embora me pareça que você está tentando categorizar a questão a partir de seus conhecimentos recém-adquiridos na Academia".
2.1) Jozafá, Heráclito não é conhecimento recém-adquirido na Academia, eu já tinha lido alguns fragmentos dele, mas alguns livros lançados sobre ele são recém-adquiridos. O conhecimento sobre Heráclito e a influência dele em Hegel não é nada recém-adquirido; mas, isso sim, é conhecimento meu ampliado que eu adquiri fora e dentro da Academia, porque não havia publicações antes.
2.2) É claro que ótimos professores contribuem muito, ampliam mais, mais essa relação entre Heráclito e Hegel, eu sabia antes de entrar na Academia. Heráclito sempre me fascinou, mas havia, quando eu era jovem, pouca tradução, pouca mesmo.
2.3) Conhecimento recém-adquirido na Academia é a Filosofia Cristã. Sobre isso, eu era muito mais ignorante do que sou hoje e confesso que me surpreendeu, transformou minha visão sobre Filosofia Cristã.
2.4) Então, o que fiz: fui ler mais e mais sobre Filosofia Cristã, e isso não tem fim. Hoje, por exemplo, estou lendo "O Livre-Arbítrio", de Santo Agostinho, e perdi muito tempo de minha vida com pré-conceitos contra esse período da humanidade. Estou encantado com Agostinho no sentido de compreender a fundo o que se opõe, aí sim, à minha "preferência".
Parte 3)
C) "Mas não é o caso, pra mim. Não se aplica, até porque me parece um reducionismo: mesmo o militonto petista mais empedernido não categoria dessa forma (ou pelo menos não deveria)."
3.1) Meu amigo, sim, neste espaço virtual e até oralmente, tudo se reduz, mas o pouco que eu disse foi enxuto, preciso, porque partir do uno e do contraditório.
3.2) Não entendi o "militonto" e o "não categoria". Eu usei conceitos de forma que não deveria, assim como um petista militonto?
Parte 4)
D) "Porque é absurdo. Categoriza assim, e com certo histrionismo, quem observa o militonto e a partir dele forma uma concepção fatalmente genérica do atual discurso petista sobre a luta de classes nas instituições e como ela afeta o PT".
4.1) Histrionismo de minha parte? Mas eu partir só de dois conceitos, quais sejam, uno e contradição. Histrião? Confesso que sou apaixonado pela Filosofia do Bobo, mas não é o caso.
Fim do Primeiro Parágrafo.