sexta-feira, julho 03, 2009

Sabe ou não sabe

É tradição o aluno copiar da internete trabalhos escolares (ctrl C e ctrl V). Há casos em que, depois de copiar e de colar, o aluno lê diante dos colegas e do professor o que a internete disse.

Na escola Heloísa Mourão Marques, professores de Literatura e de Língua Portuguesa, em uma reunião do Conselho de Disciplina, definiu que o trabalho escolar não seria mais uma cópia. Os alunos deverão escrever à mão.

No entanto, isso ainda seria pouco, porque um aluno poderia escrever por todos ou todos poderiam escrever, mas sem saber o que escreveram. Assim, além de escreverem à mão, definimos que eles deveriam saber o que escreveram por meio de perguntas do professor. Dessa forma, o trabalho vale 4 pontos.

Nesta semana, entregaram e responderam a perguntas sobre os trabalhos de Romantismo, Simbolismo e Modernismo. Quando começavam a falar, eu os interrompia para explicar sobre o que diziam.

Se liam a oposição entre o subjetivo do Romantismo e o subjetivo do Simbolismo, eram interrompidos para discursar sobre o subjetivo nas duas estéticas. Se ambas estéticas se opõem à revolução industrial, tinham que discursar sobre o conceito objetivo no processo industrial.

Os alunos precisam pensar a palavra, criar um discurso a partir delas. Não se fala o pensamento sem pensar a palavra.

Desde 16 de fevereiro, eles sabiam que na primeira semana de julho apresentariam um trabalho, porque um calendário foi apresentado por mim no primeiro dia de fevereiro, ou seja, sabiam com seis meses de antecedência o que apresentar.

Uns conseguiram ótimos resultados. É hora de mostrar se sabe ou não sabe. A universidade os espera.