quarta-feira, novembro 12, 2008

Máquina pública

"Vocês que são diretores de divisão levem para seus setores o que está acontecendo aqui e ponham todos a barbinha de molho. Vocês não têm o direito de trabalhar mal. Estão ganhando muito bem. Uma FC3, R$ 1.200 em média a mais para trabalhar mal. Ai, que é isso tem tanta gente que não tem o que comer aí fora, querendo trabalhar. Vocês viram quantas pessoas foram demitidas do gabinete da doutora Marli a bem do serviço público pela doutora Marli?".

Pegando carona no blogue do Altino Machado, a desembargadora Marisa Santos (foto), do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, tem lá suas razões, e elas estão bem claras nas palavras acima.

A máquina pública é eficiente?

Conheço diretores de escolas que se ausentam durante dias e ainda privilegiam funcionários públicos, ofertando a eles as famosas dobras, mas só que muitos nem comparecem às escolas.

Conheci servidor público que usava dinheiro público de instituição de ensino superior para promover festinhas na faculdade.

Conheço servidor público que trabalha para qualificar o erário e conheço servidor público que trabalha para não qualificar o erário, mas recebem o mesmo salário. Trabalhar mal ou bem mantém o servidor na máquina mesmo assim, ele não será "demitido".

A desmbargadora disse: "Vocês não têm o direito de trabalhar mal. Estão ganhando muito bem. Uma FC3, R$ 1.200 em média a mais para trabalhar mal".
Eu, por exemplo, não leciono Redação na escola, passo todo mundo, bato-papo com meus alunos, passo trabalhos fáceis, não compareço a reuniões, só me preocupo com meus interesses e não estou nem aí para o dever cívico de uma escola pública. Os alunos me aldoram, sou simpático, não critico, sorrio para todos e recebo meu salário todo mês.

Semelhança

Edvaldo Magalhães (PC do B), presidente da Assembléia Legislativa do Acre. O acabamento pertence ao jornalista Gilberto Lobo.