sexta-feira, maio 16, 2008

O tempo parou (2)



O homem já foi ao espaço. O homem já clona animais. O homem já consegue espermatozóides do corpo feminino. Tantas transformações, mas a escola permanece a mesma, desconfortável.

Sem ar-condicionado, sem ser um ambiente agradável, eu até compreendo de "professor" desejar ser político ou sindicalista.

As salas permanecem assim por causa de políticos. Depois das estradas, dos ramais, depois de tudo asfaltado, as salas... um dia... as salas...

Até lá, muitos passarão pela faculdade não para lecionar em salas envelhecidas, mas para eles serem obreiros de sindicato ou para eles conseguirem uma cadeira no Poder Legislativo.

O tempo parou (1)


Sobre a mesa de uma escola pública estadual, o tempo mantém velha rotina. Papéis registram notas, porque, como não há computadores em rede, o professor em casa não pode enviar suas notas pela internete.

Outras instituições do Estado foram modernizadas por meio da tecnologia, menos a escola.

Visitei nesses dias o sítio da Assembléia Legislativa do Acre e meus olhos não leram um documento que registrasse um debate profundo, e nem raso, sobre educação pública.

No Poder Legislativo, secretárias não trabalham como as funcionárias de uma escola.