sábado, novembro 17, 2007

Duas questões de prova

Questão 1

1.2 Vírgula - Retirado do portal http://educaterra.terra.com.br/literatura/index.htm. (0,8)

Nas últimas décadas do século 18, o Romantismo já está mais ou menos anunciado pelas obras do filósofo Rousseau, especialmente por sua teoria do "bom selvagem", e pelo movimento Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), constituído ( ) nos anos de 1770 ( ) por jovens alemães que valorizam o folclórico, o nacional ( ) e o popular em oposição ( ) ao universalismo clássico. Também a publicação de Os cantos de Ossian, pelo inglês Macpherson, em 1760, torna-se uma referência fundamental para os futuros românticos.

Comentário
Nas minhas provas, o aluno sabe quanto a questão vale e, às vezes, ela se relaciona a outro conteúdo, nesse caso, à literatura. Aqui, ele colocará as vírgulas quando elas forem necessárias. Repare que ele lerá o texto para, aí então, colocá-las. Não são frases soltas.

Questão 2

2.2 Como um dos maiores pensadores do século 20, Theodor W. Adorno escreveu O Iluminismo como mistificação das massas para analisar a indústria cultural. Esse alemão é um crítico profundo da razão iluminista, a mesma que gerou o “desencanto do mundo” por meio da industrialização. Em seu texto intitulado acima, diz: “(...). O particular, ao emancipar-se, tornara-se rebelde, e se erigira, desde o Romantismo até o Expressionismo, como expressão autônoma, como revolta contra a organização (...).” Ora, o simbolismo também representa uma arte contra a organização industrial, entendo como organização industrial a objetividade. Em outro livro seu, Lírica e sociedade, Adorno declara que o que ganha voz na lírica é um eu que se determina e se exprime como oposto à coletividade, à objetividade (...). Após essas observações de Adorno, escreva sobre a oposição da arte simbolista à organização industrial.

Comentário

Daqui a dois anos, o aluno poderá estar em uma universidade e, no ensino médio, não colocamos autores que eles poderão estudar, no caso, Adorno. Aqui, nessa questão, o aluno, mais uma vez, deve ler e entender, mas, caso não entenda, o professor deve explicar.

Fica claro que a questão coloca o conflito entre o processo industrial e o simbolismo. A aluno deverá desenvolver a idéia-conceito do simbolismo para estabelecer esse conflito. Ele pode tirar dúvidas em sala, porque, para mim, o que importa é que ele organize seu texto de forma clara, consultando o dicionário antes para evitar erros ortográfico.

Em minhas provas, eu exijo muito que ele desenvolva o raciocínio dissertativo a partir de conceitos, nesse caso, a oposição entre objetividade e subjetividade.

A maldade humana






















Dar visibilidade à escola pública

Nesta semana, das eleições mais importantes de uma nação, as das escolas públicas do Acre não receberão destaques nos jornais. Carros que batem em postes e drogas apreendidas são notícias todo dia, mas a educação pública não serve como pauta para as redações.

Pela primeira vez no Acre, a escola pública evidenciou-se por meio de um blog. Tive a coragem de expor não os erros de uma unidade de ensino, mas os limites de uma gestão. Tenho a certeza de que não usei adjetivos para desqualificar a gestora, mas, a partir de fontes e de falas ocultas na escola, expus o que não se fala às claras.

Evidenciei fatos, por exemplo, acordos em reuniões entre gestão e corpo docente que não se transformaram em qualidade de ensino.

Penso que gestor de escola é tão importante quanto Edvaldo Magalhães ou Naluh Gouveia, mas aquele não tem importância para a imprensa. A escola é uma instituição que vive seus problemas internos à sombra. Não pode ser assim.

Câmeras

Defendo a idéia de reuniões entre gestão e professores gravadas para serem expostas por meio de um site escolar. Imagine um pai de aluno acessando em uma lan house imagem de uma reunião do Conselho Escolar. Imagine um aluno que grava as aulas de um professor para serem colocadas em um orkut, em um blog.

Podem gravar as minhas.

Um aluno gravou uma reunião em que alguém fala muito mal de mim. Se eu quisesse, colocaria em meu blog a gravação do aluno, mostrando uma pessoa que tentou colocar turmas contra mim.

Contra a lei?

Não há lei municipal que regulamente isso.

Defendo a total visibilidade das ações de servidores públicos em uma escola, porque, quando se fala a verdade, quando o professor só tem uma cara e sabe o que fala, ele não tem medo de se expor às câmeras.

Além de ata, o Conselho Escolar precisa registrar suas reuniões e expô-las em um blog hospedado em um site escolar.

Sorria, você está sendo filmado!

Quadro de professores

Em 2009, a quantidade de salas da escola Heloísa Mourão Marques será reduzida, isto é, com o quadro de professores reduzido, alguns não permanecerão.

Até agora, a direção não comunicou ao corpo docente os critérios para o professor A sair e para o professor B ficar. Os critérios precisam ser claros, porque, se for segundo a subjetividade da gestora, professores não ficarão porque eles não têm olhos azuis, por exemplo, eu.

Trata-se de uma questão muito séria.

Prévia de alunos e de funcionários (2)

Pela manhã, 250 alunos e 7 funcionários votaram.


Alunos

Professora Rosânglea: 10 votos

Professora Lúcia: 14 votos

Professor Aires: 58 votos

Professora Osmarina: 61 votos

Professor Gleidson: 107 votos


Funcionários


Professor Gleidson: 1 voto

Professora Lúcia: 6 votos

A postura de um comunista

Houve uma época em que alguns diziam que comunista comia criancinha. Rascunhei críticas ao comunismo, por exemplo, à ditadura do proletariado. De lá para cá, o mundo mudou; e os comunistas, também.

Em "minha" escola pública, há pessoas de esquerda - por exemplo, eu -, há pessoas de direita, há pessoas indiferentes à política e há uma coordenadora de ensino, a professora Gisele.

Na coordenação, há uma ata que guarda um conteúdo negativo à minha pessoa. Pois bem, a coordenadora pegou essa ata para apresentá-la ao comunista Josenir Calixto -responsável pelo ensino médio do estado do Acre.

Eu nem sei o que escreveram na ata sobre mim, mas o documento encontra-se na escola à mercê de quem ocupa posição em uma unidade de ensino para exercer arbitrariedade.

Além de não comer criancinha, o comunista não aceitou o documento, porque o procedimento da coordenadora de ensino não se submeteu aos trâmites legais, por exemplo, eu deveria tomar ciência.
A coordenadora Gisélia foi aconselhada a tomar medidas justas para poder, se quiser, me excluir da escola, mas ela não retornou.

Anos atrás, período em que a arbitrariedade políticas imperavam neste estado, outro teria aceitado a ata para me prejudicar, mas isso não é justo, isso renega a democracia, o direito à defesa.

Um comunista nega o ilegal, o que não é correto. A coordenadora é evangélica e deveria trilhar os caminhos da justeza e não da arbitrariedade.

Posso falar muito, posso me expor, posso ser chato, posso ter muito defeitos, mas os meus procedimentos na escola são muito claros; posso até errar, mas não erro tramando, não erro com duas caras, não erro como um cínico, não erro como pessoa falsa para prejudicar alguém.

Registro esse fato no blog LÍNGUA porque obtive a informação por meio de duas ótimas fontes. Tomarei providências.