quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Criança terminal

Que decente é viver em um país onde crianças, de 9 anos, não vendem doces em terminal de ônibus.
O poder público, eficiente, proíbe no Carnaval pais com seus filhos menores depois das 22 horas, mas crianças podem trabalhar à noite, porque o trabalho dignifica o homem, digo, a criança.
Antônio José, de 9 anos, disse que fica até as 23h30 no terminal. O Conselho Tutelar e a Promotoria da Infância e da Juventude não sabem sobre isso?
Deus sabe. Rezarei por Antônio para que o milagre aconteça, porque já estou farto dos "milagres" dentro das igrejas.

Um trabalhador



Considero meu amigo Enílson Amorim um talento quando o assunto é desenho. Já disse a ele que não o admiro como chargista, mas, como desenhista, o cara é bom.

Com seus desenhos, Enílson poderia expor a caricatura do poder, dos ricos e a realidade desumana da pobreza.

Mas, para tanto, falta loucura a esse artista acreano.

Bloguista, repare só na parada de ônibus. Há grupo político nesta terra que nem faz questão de oferecer à população uma parada de ônibus à altura do dinheiro público.

Na época, a prefeitura de Rio Branco propagou que as paradas de ônibus dariam cidadania ao rio-branquense.

O prefeito Angelim, do PT, construiu ótimas paradas na capital, mas não em todo canto. No Aeroporto Velho, no ponto final do Ginásio Coberto, por exemplo, não existe cobertura na parada de ônibus.

Se chover, Enílson e os trabalhadores do Ginásio Coberto tomam banho fora do banheiro, sem água quente, sem chuveiro e sem toalha para se secar.

De Enílson Amorim


Há pessoas que não me levam a sério. Brincam comigo. Curtem. O Enílson, cartunista da TRIBUNA, resolveu fazer isso.
Pode brincar, pode me caricaturar. Não existe algo tão sério quanto o riso.