terça-feira, setembro 25, 2012

À minha Mony


Mony, quando o último sopro tomar o espaço do


quarto, só desejo que meus olhos contemplem a 


última paisagem desta vida: o teu rosto.




Até lá, viveremos muito a dançar dentro e fora 


do compasso. 



Então, dancemos ao som deste clip.

Jesus nunca quis o poder dos homens


Se retornasse, Jesus não caminharia em direção a assembleias legislativas e a câmaras de vereadores. 


Jesus não desejou o poder dos homens. Pelo contrário, Ele se opôs ao Império Romano, aos homens que controlam, dominam.

O advogado e professor Edinei Muniz mandou esta a meus olhos.

Deus não é petista e nem tucano, apenas torce por quem joga bem

O Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno, afirmou no dia 14 do mês em curso, em entrevista concedida ao jornal Estadão, que "não se pode instrumentalizar a religião para angariar votos". O cardeal disse ainda que "no mundo democrático não cabe à igreja assumir papel político-partidário".

A Constituição brasileira de 1824 estabelecia em seu artigo 5º:. “A religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do templo”.

Contudo, a atual Constituição não repete tal disposição, nem institui qualquer outra religião como sendo a oficial do Estado. Ademais estabeleceu em seu artigo 19, inciso I, o seguinte: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”

Com fulcro nesta disposição, o Estado brasileiro é caracterizado como laico, palavra que, conforme o dicionário Aurélio, é sinônimo de leigo e antônimo de clérigo (sacerdote católico), pessoa que faz parte da própria estrutura da Igreja.

Neste conceito, Estado leigo se difere de Estado religioso, no qual a religião faz parte da própria constituição do Estado. São exemplos de Estados religiosos o Vaticano, os Estados islâmicos e as vizinhas Argentina e Bolívia, em cujas constituições dispõem, respectivamente: “Art. 2. El Gobierno Federal sostiene el culto Católico Apostólico Romano” – “Art. 3. Religion Oficial – El Estado reconoce y sostiene la religion Católica Apostólica y Romana. Garantiza el ejercício público de todo otro culto. Las relaciones con la Iglesia Católica se regirán mediante concordados y acuerdos entre el Estado Boliviano y la Santa Sede.”

O programa eleitoral da Frente Popular de Rio Branco, exibido ontem, dia 24, sem necessidade de citarmos os nomes das religiosas envolvidas, até por uma questão de respeito, eis que são pessoas da mais alta autoridade moral – e provavelmente ignoram que estejam sendo manejadas politicamente para fins nada republicanos ou até mesmo cristãos – na fala das irmãs Servas de Maria, simplesmente as levou a desconsiderar posições superiores assumidas pela Igreja de Roma.

Só para reforçar, vejamos outra passagem da fala do Presidente da CNBB, superior das irmãs Servas de Maria: "A posição da Igreja Católica, enquanto instituição, é de que não deve assumir nenhuma posição político-partidária. O papa Bento 16, numa de suas encíclicas, Deus É Amor, foi muito claro ao dizer que a Igreja não pode nem deve tomar nas suas mãos a batalha política. Isso é próprio dos políticos, dos leigos. A Igreja não pode ter pretensões de poder."

Eis uma pequena passagem da Encíclica Deus é Amor, de Bento XVI:

A atividade caritativa cristã deve ser independente dos partidos e das ideologias. O programa do cristão – o programa do Bom Samaritano, o programa de Jesus – é “um coração que vê”. Este coração vê onde há necessidade de amor e atua em consequência”.

Ora, convenhamos, o papel que cabe, no espaço de discussão democrática, aos políticos e aos religiosos não é o mesmo. Ao contrário, o papel da igreja deve, salvo melhor juízo, restringir-se à função de orientar o eleitor.

Com efeito, qualquer tentativa destas [igrejas] de assumirem papel de protagonistas no campo político, ofendem o caráter laico do próprio Estado Democrático de Direito. Enfim: as igrejas devem apoiar tudo que diz respeito ao bem da sociedade, independente de partido ou opinião política.

Deste modo, a Igreja Católica do Acre deveria consumir suas energias espirituais com orientações para o voto consciente, contra o balcão de negócios eleitorais e contra a corrupção eleitoral de toda ordem, estimulando a união e a solidariedade, como simples mediadora, e não, jamais - seja em nome de Jesus ou de Maria de Nazaré, ou de qualquer santo ou líder espiritual - como protagonista, posto que tal ativismo exacerbado em prol de certas candidaturas ofendem os conceitos mais simples da ética cristã e do Estado Democrático de Direito. 

Ronda Gramatical






Informamos a todos os usuários e amigos da Biblioteca da Floresta, que estamos construindo um novo portal para melhor atendê-los. Aguardamos em breve a sua visita!
Copyright © 2012 Biblioteca da Floresta. | Via Parque da Maternidade, s/nº - Centro. CEP. 69.900-000 – Rio Branco – AC
www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br | e-mail: biblioteca.floresta@ac.gov.br | Fone: (68) 3223-9939 | Fax: (68) 3223-5659
 O que faz aquela vírgula depois de Biblioteca da Floresta?

Lugar do saber, uma biblioteca não deveria destratar a língua portuguesa.

O poder acomodou Marcos Afonso

Marcos, não se trata de "ressentimento", trata-se do exercício salutar da crítica, isto é, vindo do grego, crítica é "juízo". Então, deixe-me ajuizar.

Uma vez na Biblioteca da Floresta, você deveria apontar caminhos, por meios de seminários, de palestras, para a escola pública no tocante à leitura.

Não se lê nas salas de aula. Nesse sentido, a Biblioteca da Floresta deveria perder tempo com o que é essencial à formação do espírito, ela: a leitura.


Você, Marcos, ocupa um lugar confortável na sociedade acriana, mas sua contribuição tem sido nula nesse sentido, nula, porque a Biblioteca da Floresta mantém-se distante daqueles que menos leem: os que estudam na escola pública.

Por sua natureza, a biblioteca deveria lutar para que a leitura se espalhasse nas escolas. Ficar entrincheirado na Biblioteca da Floresta, Marcos, não é lutar pela leitura, mas se refugiar à sombra do conforto de poltronas e de ares-condicionados.  

É muito ruim quando o poder nos acomoda.

Leitura na escola pública acriana


Foram 20 anos nas salas de aula do Acre, do ensino fundamental ao superior. Muito mais do que ensinar a alunos, fui eu quem aprendeu muito nesses anos.

Fácil é Jorge Viana, primeira-dama, Marcos Afonso, por exemplo, abrirem a semana do livro; difícil, senhores, é a arquitetura da leitura nas escolas públicas acrianas.

Quando digo arquitetura, refiro-me também ao espaço de leitura, a salas adequadas para o prazer de ler. Isso não existe na escola acriana.

Arquitetura também no sentido de construir uma política pública de leitura nas escolas, o que nem começou a germinar no solo da educação acriana. 

Antes de deixar o Acre por alguns longos anos, estive com Josenir Calixto, diretor do ensino médio, para falar também de leitura.

Gosto muito desse homem íntegro do PC do B, mas discordei dele quando afirmou que "a leitura não pode ser forçada na escola".

Quem disse que a escola do jeito que é não é forçada para o aluno? Suas salas são desagradáveis ou antipáticas ao prazer de saber, de conhecer.

Se a matemática, que é do jeito que é, está na escola forçada; se geografia, que é do jeito que é, está na escola forçada, por que a leitura não deveria estar na escola?

Entre a leitura ser forçada como a matemática e a inexistência dessa mesma leitura, meu colega de esquerda prefere a ausência da leitura, o que é um erro.

Propus ao Calixto que a Secretaria de Educação do Acre deveria passar uma lista de seis livros para que fossem, em sala de aula, lidos no ano letivo, três para cada semestre, sendo duas leituras em casa e uma em sala de leitura.

Sem leitura na escola, Calixto opta por forçar o aluno a não ler. Mozart foi forçado pelo pai a ler partituras.