quarta-feira, agosto 28, 2013

Compreender a importância da gramática depende da Filosofia, não da Língua Portuguesa

A origem da gramática encontra-se nas palavras de Górgias, um sofista muito atacado por Platão.

A gramática tem 25 séculos e retirá-la da escola é um erro de método que prejudica muito os alunos.

Nos textos dos alunos do ensino médio acriano, nunca vi, em meus 20 anos de sala de aula, um aluno que usasse o acento grave, indicador do fenômeno da crase.

Ora, se o aluno não usa essa forma, ele limita a extensão de seu pensamento por não usar o fenômeno da crase, ou seja, quanto mais variação da forma de escrever, mais possibilidade de expor seu conteúdo, sua ideia.

Sem a forma adequada, o pensamento limita-se.

O professor terá trabalho enorme para mostrar o fenômeno da crase caso se restrinja a trabalhar só com texto em sala de aula.

Somente o método gramatical possibilita apresentar as mais variadas formas de expandir o conteúdo, e isso, para ser compreendido, depende da Filosofia, não da Língua Portuguesa.         

 

domingo, agosto 25, 2013

Na igreja...


Se você permitir, no dia de nosso casamento religioso, desejo que a música seja esta ou aquela de Adriana Calcanhoto, você sabe.

Estou mais decidido para esta belíssima canção de Gilberto Gil.




sábado, agosto 24, 2013

Bienal do Livro

A Bienal do Livro faz 30 anos no Rio de Janeiro. No dia 29, quinta, mais uma, mas só poderei ir no sábado, dia 31.

Eu e Mony ficaremos o dia todo olhando livros, ouvindo escritores e comprando algumas palavras. 

Após muitos anos, irei, finalmente, à bienal. 

Que bom!!!

 


A importância da gramática

Ainda permanece o erro de desconsiderar a gramática na escola, o que deixará prejuízo imenso aos alunos.

Negar a gramática é negar a compreensão da estrutura da língua e, como consequência, os modos de expressar conteúdos.

Até para filosofar, Aristóteles virou-se para a gramática.

No Rio de Janeiro, a gramática está presente, muito presente na leitura e na produção de texto. Aqui, não existe a questão de gênero textual, o que é um erro se prender a isso.

Há muita leitura e muita escrita, sem excluir a importância milenar da gramática.

domingo, agosto 18, 2013

Corrupção é corrupção, e ponto!



Saudade eterna de um amigo


Esta foto ocorreu em 2008 e, dois anos depois, meu eterno amigo Matheus partiu para sempre. Debilitado por causa de um coração cansado, esse mineiro acriano possuía uma generosidade do tamanho do tempo.

Homem também ama outro homem sem ser gay. Eu amava meu amigo e, quando imagens de nossas brincadeiras ou de nossas conversas surgem, a emoção, por causa de uma ausência, me entristece.

Matheus, ser humano raro, homem generoso, um amigo ou, como ele dizia, "você o irmão que nunca tive".

Entre duas escolas

Estou a lecionar em uma escola municipal com contrato provisório. São 12 horas em sala de aula e 8 realizando leitura, pesquisa, projeto.


Nela, há muitas diferenças com uma escola pública de Rio Branco. Exemplos: 



1) se compararmos a arquitetura da escola-modelo Armando Nogueira, a do Acre projeta uma beleza que aqui tão cedo terá, se é que um dia terá;



2) a escola acriana situa-se na beleza tranquila da floresta, e a escola carioca da Tijuca ergue-se no tumulto da cidade, sendo mais um prédio entre outros;


3) onde leciono, os alunos são muito mais informados e exigem mais do professor por causa da competição e da dinâmica de uma grande cidade; mas, por outro lado, são mais agressivos, irreverentes, desobedientes. Se o professor não for “maneiro”, o barco afunda;


4) outra diferença: a postura dos professores. Aqui, o corpo docente não tem medo de falar o que pensa não sobre o outro, mas sobre ideias. Ninguém observa “a maneira como o outro fala”, mas “o que o outro fala”. Os debates são calorosos, e ninguém, até agora, tem demonstrado antipatia por minha pessoa por eu me expressar assim e não de outra forma. As ideias, por fim, predominam sobre questões pessoais;


5) lê-se muito na escola em que leciono, havendo, inclusive, sala de leitura confortável com projeção de cinema. Livro de literatura que transita na área de química. Estou lendo “Admirável Mundo Novo” com o professor de Química para o aluno perceber que há relação entre o poder político e a bioquímica;


6) mais uma diferença: na escola municipal do Rio de Janeiro, aluno não vota;



7) por último, para quem é graduado e está iniciando na carreira, o salário no Rio de Janeiro é bem melhor, trabalha-se menos e o custo de vida no Rio é menor do que no Acre: tomate custa R$ 1,5; no Acre, 4 reais.

segunda-feira, agosto 05, 2013

4 em cada 5 escolas têm turma sem professor


São Paulo - O Estado de São Paulo tem um déficit de 49.085 professores efetivos na rede de ensino - 21% dos cargos necessários. Para atender os alunos, o governo lança mão de 49 mil docentes temporários, o que ainda assim é insuficiente: no fim do primeiro semestre, a rede tinha 4,8 mil turmas sem aula de alguma disciplina - fazendo-se uma média é como se quatro em cada cinco escolas tivessem turma sem professor. Os dados, que não são divulgados pelo Estado - alegando a grande dinâmica de atribuição de aulas -, estão em um documento encaminhado ao Ministério Público.
O cálculo do déficit é da própria Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Educação. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo Estado. Falta de professores e a grande quantidade de profissionais temporários são os grandes gargalos da gestão tucana na Educação.
A maior necessidade é de professores de Matemática, com um déficit de 10.508 efetivos. Em seguida, aparecem as disciplinas de Português, Geografia e Educação Artística. Mesmo recorrendo a um grande número de temporários, que cresceu 69% desde maio de 2012, o Estado não consegue preencher todas as aulas. Entre as 4,8 mil sem professor atribuído, Matemática também tem a pior situação: são 833 turmas livres nessa disciplina, seguida de Geografia (767) e Sociologia (767).
A situação de aulas sem atribuição de professor atinge todo o Estado. No levantamento, com data de 7 de junho, a divisão é feita por diretoria de ensino e não detalha em quais escolas há o problema.
Apenas 9 de 91 diretorias de ensino tinham todas as aulas com professores. A situação é mais complicada na capital e na Região Metropolitana. Na diretoria de Suzano, por exemplo, havia 260 aulas sem professor, a pior situação. Na capital, as zonas leste e sul registram os maiores números de aulas livres. Juntas, concentram 78% das lacunas. Só na zona leste, 203 turmas estavam sem professor de Matemática. Na sul, eram 144.

10 ANOS DE CEUS

  • Junior Lago/UOL
    Única área de lazer da região, CEU São Mateus precisa de manutenção
  • Rodrigo Capote/UOL
    Sem parceria, 'CEU italiano' mantém cozinha industrial fechada
  • Sergio Lima/Folhapress
    CEU foi inspirado em modelos criados desde 1950; conheça projetos
A Secretaria de Educação defende que os alunos podem ter ficado sem a aula da disciplina, mas há professores eventuais. Segundo o chefe de gabinete da pasta, Fernando Padula, faltam 200 professores para suprir essas aulas não atribuídas. "Não quer dizer que não teve professor, teve atividade com professor eventual", diz. "São dois problemas: a falta de professores e professores que faltam. Nem sempre a escola tem à disposição professor de determinada disciplina, há um problema nacional em Exatas."
Segundo Padula, há 22 mil servidores da educação em licença médica atualmente. Em média, cada professor da rede estadual teve 21 ausências no ano passado por licença-saúde. Ele também cita a dificuldade de fixação de profissionais em determinadas regiões, como as franjas sul e leste da cidade.

Sem aula

A estudante Jennifer Portugal, de 15 anos, não teve professor de Química no ano passado inteiro. Aluna da Escola Estadual Roberto Mange, na zona sul de São Paulo, ela também ficou sem aulas de Português e Sociologia neste ano, problema só resolvido pouco antes do fim do semestre. "A gente reclamou e falaram que iam resolver. Mas nada foi feito, parece que não se importam", diz. "Ninguém falou nada sobre recuperar ou repor as aulas." Segundo a Secretaria de Educação, as escolas têm de organizar reposições ou reforço.
Para Priscila Cruz, da ONG Todos Pela Educação, o prejuízo é claro. "O aluno que não tem aula aprende menos e acumula deficiências", diz. "Os dados mostram que a proporção de alunos com aprendizado adequado vai caindo a cada ano."
O Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc), do Ministério Público Estadual, acompanha o tema do absenteísmo e falta de professores na rede. "Qualquer solução para a educação tem pouca efetividade sem o professor. Há um cenário de desresponsabilização, da secretaria aos professores", diz o promotor João Paulo Faustinoni e Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Plano Nacional de Educação20 fotos

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Meta 17 - Valorização do professor: Equiparar o rendimento médio dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do PNE Leia mais Peter Leone/futura Press

COMENTÁRIOS 6

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  1. Avatar de Carlos46

    Carlos46

    13 minutos atrás
    O governo vai esperar até quando para admitir que os salários dos professores são uma vergonha e melhorar essa situação? Quando todas as escolas estiverem sem professores aí vamos ver como fica.
  2. Avatar de mf2012

    mf2012

    19 minutos atrás
    Não é só em São Paulo não, a escola publica esta sucateada em todos os estados, inclusive aqui em SC. Temos que exigir escolas a nível de estádios da copa.
  3. Avatar de INFIEL

    INFIEL

    21 minutos atrás
    AH, É,É ... Me conta alguma coisa que eu não saiba...É A EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO...E A SAÚDE ENTÃO, NEM SE FALA..."...estamos trabalhando duro...não vamos retroceder um milímetro...no meu governo os professores estão sendo valorizados...receberam mais de 100% de aumento...SÃO PALAVRAS DO NOSSO QUERIDO PICOLÉ DE CHUCHU DIET...E ainda tem otários que ainda acham que uma certa ave bicuda tem que permanecer em SAMPA...
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domingo, agosto 04, 2013

Professores aceitam 40, 45

04/08/2013 - 02h05

Falta referência nacional para currículo nas escolas

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FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
Ouvir o texto
Quem educa os educadores?
Está na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação): o currículo da educação básica do Brasil deve ter uma "base nacional comum", a ser acrescida de outros conteúdos a partir da realidade local, a critério de cada escola.

Para especialistas, entretanto, não é isso que acontece: falta uma referência verdadeiramente nacional e específica sobre o conteúdo que estará na lousa do professor.

Hoje, afirmam, não há uma clareza sobre quais conhecimentos serão repassados. Que clássicos devem ser lidos? Que momentos históricos devem ser aprofundados?
"Se você adota um currículo detalhado, no dia seguinte você passa a cobrar resultados. É uma ferramenta muito poderosa de controle social", afirma Ilona Becskeházy, consultora de educação.
Outros argumentam que detalhar demais pode engessar o trabalho do docente em sala de aula e, no fundo, demonstra desconfiança sobre a formação do professor.
"Querem descobrir uma fórmula mágica para que esse professor reproduza um determinado conhecimento, como se fosse uma máquina", afirma Dalila Oliveira, presidente da Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação).
O tema ainda está longe de ser unanimidade entre os atores do setor. Mudanças no atual modelo são uma antiga demanda.
Em conjunto com o Consed (Conselho de Secretários Estaduais de Educação), o Ministério da Educação pretende sugerir uma reformulação do currículo do ensino médio. A proposta deveria ter sido apresentada em junho, mas foi adiada.
Editoria de Arte/Folhapress
SOPA DE LETRAS
Além da LDB, escolas de todo o país devem seguir o que está previsto nas DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais), feitas pelo Conselho Nacional de Educação.

Elas também devem se guiar pelo que é definido em instâncias estaduais e municipais. Além disso, o MEC tem documentos que podem servir como orientadores para as escolas, como os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e os RCNs (Referenciais Curriculares Nacionais).

Na prática, educadores ponderam que esse emaranhado de siglas não é o verdadeiro norteador da escola.

"Quem está orientando a construção dos currículos hoje é o sistema nacional de avaliação", diz Marcos Cordiolli, autor do livro "Currículo Escolar: Teorias e Práticas" (editora Melo). E esse sistema pode ser resumido em duas avaliações: Prova Brasil e Enem.

A primeira é aplicada no 5º e no 9º ano do fundamental e mede a qualidade das escolas públicas de todo o país.

A outra, o Enem, vem substituindo os vestibulares de universidades federais. É justamente o ensino superior que também motiva debates sobre mudanças no currículo da educação básica.

ESPECIFICIDADES

Autor de doutorado defendido na USP sobre o currículo de matemática do ensino médio, José Carlos Costa afirma que o conteúdo hoje dado nessa etapa é "genérico", incapaz de atender às necessidades de alunos.

Afinal, questiona, por que um aluno que planeja estudar ciência política precisa ter as mesmas aulas de matemática que um que sonha em cursar engenharia?

Ele ressalta, porém, que o "segredo da boa educação" não está no bom método, e sim no bom profissional.

"Discutir currículo sem falar de formação é como contratar um time sem dar a bola", compara Daniel Cara, que é coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.