Quem é Deus na língua de certos evangélicos? Serpente, Mal com aparência de Bem. Segundo a revista Veja, o pastor Marcos Pereira, 55 anos, extrapolou as fronteiras de sua igreja, a pentecostal Assembleia de Deus dos Últimos Dias, com sede no Rio de Janeiro e com filiais no Paraná e no Maranhão.
O número do processo
não é o da besta, 666; porém, mesmo assim, o conteúdo do processo
902-00048/2012 possui a monstruosidade do Mal.
O pastor é acusado de encenações de cura pela fé, estupro, tortura de criança e relações criminosas com os marginais aos quais esbravejava promessas de “salvação do demônio”.
O pastor é acusado de encenações de cura pela fé, estupro, tortura de criança e relações criminosas com os marginais aos quais esbravejava promessas de “salvação do demônio”.
Pela palavra de Deus (?), o pentecostal Marcos cobrava 20 mil reis para pregar na favela. Judas recebeu bem menos para trair Jesus.
Matar, ele pode, mas seus fiéis são proibidos de beber refrigerante, de ouvir rádio, de ver televisão e de tomar remédio, porque a igreja encarrega da cura, desde que o fiel pague uma taxa extra via boleto bancário, distribuído durante a pregação.
Como escreveu certa vez Nietzsche, “Deus também tem seu próprio inferno, que é amar aos homens”.
Marcos, no entanto, não está só. A Igreja do Evangelho Quadrangular tem 3 milhões de membros e são cerca de 15 mil igrejas espalhadas por este “país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”.
O seu pastor arrecada por ano meio bilhão de reais. O nome dele, Mário de Oliveira, acusado de encomendar assassinar, “em nome de Deus”, sua cunhada por causa de R$ 800 mil reais.
O Mal é aparência, e aparência é a verdade, bastando somente isto: em nome do Senhor, seduzir.