sábado, setembro 29, 2007

Cristina Maia (1)

Na Secretaria de Educação do Estado, uma funcionária adjetiva sobre minha pessoa: "Ele é problemático". Com isso, não fui convidado a elaborar questões de língua portuguesa para o Saeb.

Na terça, comentarei.

Tristão & Isolda



Hoje, sábado, meus alunos foram assistir ao filme Tristão e Isolda, uma narrativa romântica. Infelizmente, ficamos em uma sala de aula, o auditório encontrava-se fechado. Não entregaram a chave ao vigia. Paciência.

Se eles concordarem, assistiremos a outros filmes no Theatro Hélio Melo, centro de Rio BRanco, por se tratar de um espaço confortável, próprio para assistir a um bom filme.

No vídeo, alunos que se dedicam aos estudos, pessoal que respeita um professor e que é respeitado por ele.

sexta-feira, setembro 28, 2007

Açeçor de comunicassão

Pererinha, antes de vir morar em Rio Branco, tocou 12 anos em Xapurí.

1. Acentuar "Xapurí"!?!?!?

Sinteac

Hoje, peguei o panfleto do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Acre (Sinteac) e, em sua pauta, nada se refere à qualidade de ensino. Nada.
O Sinteac deixa claro que não sabe pensar sobre isso, limitando-se a ser economicista.

Vírgula

1. A empresa tem duzentos funcionários, que moram em Xapuri.

Nessa caso, com a vírgula, a empresa possui somente duzentos funcionários, e todos eles moram em Xapuri.

2. A empresa tem duzentos funcionários que moram em Xapuri.

Aqui, nesse exemplo, a empresa tem mais de duzentos funcionários.

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O que uma vírgula não faz.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Josafá, o Batista



Critico tanto, mas, antes que meus amigos partam deste país do samba e do futebol, sei reconhecê-los para muito além da mediocridade.

Conheci esse acreano no Página 20 há uns bons anos. De família simples, Josafá Batista é um daqueles que um dia recebeu abrigo do Estado por causa de enchente. Josafá não veio das oligarquias acreanas.

Veio de escola pública e chegou à Redação da TRIBUNA
escrevendo muito melhor do que focas que cursam os últimos anos da Faculdade de Jornalismo da Universidade Federal do Acre. Há exceções, poucas.

Considero-o, hoje, como um dos melhores repórteres do Acre. Criticado por apresentar um texto que "viaja", Josafá é senhor, isso sim, de um texto subjetivo - raro em nossas redações.

Não se trata de um autômato de redação, profissional viciado pelo hábito dos medíocres. O cara pensa, e isso não tem nada a ver com faculdade. Diploma, afinal, sabemos, não atesta inteligência.

Ainda costuramos um texto jornalístico empobrecido pela "objetividade". Seu texto, entretanto, expressa pessoalidade, isto é, ironias, sutilezas, contradições. As oligarquias não o colocaram para soletrar nas redações. Ele não é filho de... e este, por sua vez, conhece...

Josafá, por fim, é acreano que não maldiz sua terra, sua gente; não se envergonha de sua identidade regional. Josafá é gente boa.

"Álbum de Família", de Nelson Rodriques (2)

Há nessa tragédia, ainda que tenha inaugurado o teatro moderno no Brasil - o que alguns contestam -, o retorno ao naturalismo quando Jonas compara adolescentes a animais, por exemplo, a porcas (pág. 29). São garotas de 12, de 13, de 14, de 15 anos.

A tragédia inicia-se quando corrompe-se o sagrado por meio de um prazer entre mãe e filho. Esse prazer espalha a desordem familiar. Em vários momentos de Álbum de Família, o sagrado é desrespeitado por uma pornografia que não apresenta o obsceno, a devassidão de cenas explícitas, mas a pornografia está lá. A degradação e a ruína estão lá. Com o sagrado destruído, nada mais se preserva na família.

Guilherme, irmão de Glória, uma lésbica, mata-a com dois tiros de revólver para, depois, se matar.

A tréplica de um aluno

Acadêmico da Ufac

Agora (tentando escrever) com “elegância e inteligência”.

Caro Aldo, quando usei o palavrão referindo-me a sua pessoa, pensei na reação de um garoto, que mesmo estando errado, não queria ser abordado daquela forma.

Ele foi somente filmado, ou seja, documentei sua imagem em uma instituição de ensino. Repito: a imagem dele, sua postura, seu comportamento. Ora, partindo disso, ele não deve gostar não do que fiz, mas do que ele fez em uma instituição que, ao meu ver, deve educar, cumprir normas, colocar limites. Uma escola não é espaço de bagunça, de desordem, de insultos, de agressões. Para tanto, a escola, primeiro, deve dar exemplo. A direção deve ser exemplo. Professor deve ser exemplo. Aluno deve ser exemplo. O rapaz filmado se opõe a isso.

Exatamente por achá-lo uma pessoa inteligentíssima, não concordo com sua atitude.

Não sou senhor desse adjetivo. Sou sério como profissional, porque sei que a educação transforma um país, um indivíduo para a melhor. Uma escola deve ser séria, sabendo que isso perpassa pela ordem, pela disciplina e pela paixão. A escola pública, a dos "pobres", perdeu sua força simbólica e precisamos revitalizá-la. Não há simbólico sem ordem e disciplina. Não há transformação sem paixão.

Quanto ao português. “Se você se identificasse neste blog, o mesmo ocorreria contigo.” O “você” e o “contigo”. Não preciso comentar já que o professor de língua portuguesa aqui não sou eu.

Queira me desculpar, mas minha ignorância não percebeu o erro cometido.

Pensei em me identificar, mas não concordo muito com sua “didática” de chamar a polícia.

Na vida, precisamos assumir o nome que carregamos na face. Faça a crítica, mas faça sem me xingar, sem me insultar; escreva-a para revelar outras possibilidades, por exemplo, na escola pública.

Com certeza votaria em você para diretor, inclusive faria campanha. Entretanto, não concordo com essa atitude.

Argumente mais. Seduza-me!

Caso interesse, eu também sou um acadêmico da Ufac. E não se preocupe com o meu tempo, ele não é tão precioso.

Tua vida é preciosa para transformar outras vidas. Qual faculdade?

Não precisa ser grosseiro quando recebe críticas.

Não fui. Não queira ler minha indelicadeza através de teus olhos. Você, não se esqueça, me xingou. Não declinei minhas palavras.

Elegante e inteligente?

Dessa vez, sim. Não me xingou, mas pode criticar à vontade sem nunca perder a classe.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Ex-Ideal & Ex-Heloísa

Textos de dois ex-alunos.

Ex-aluno do Ideal

Será q filmar o aluno vai mudar o modo de ele pensar? tive um pouco de contato com vc no ano passado fazendo pre-vestibular. nao acho q vc precisasse dessa atitude.acho q isso foi a atitude de alguem q ja nao sabe o que fazer.alguem, q nao sei nome, falava q vc nao precisa dizer qm eh para ser respeitado, ou entao, vc ja nao eh. nao eh dizendo q vc eh o diretor ou o professor q o aluno terá respeito por vc. o aluno tem q sentir respeito. acho q eh algo muito mais inconciente.eu como aluno tbm mandaria um "vai tomar no cu" para vc.

Ex-aluno da escola Heloísa Mourão Marques
Ao contrário do que muitos pensam, o professor Aldo Nascimento será um dos melhores gestores da educação pública no estado do Acre. Seus planos para coordenar a Escola Heloísa Mourão Marques são excelentes.

Creio que os alunos que querem algo na vida saberão escolher. A escola pública precisa de pessoas como ele para colocar seus alunos entre os melhores. Melhores nos concursos, nos vestibulares, no Enem. Que pena que as pesssoas não pensam assim. Preferem ficar na ignorância, na pobreza.

O Colégio José Rodrigues Leite é exemplo, porque lá existem regras e metas a ser alcançadas por seus alunos. Aqui, faço uma alerta, para você que é humilde e que deseja melhorar de vida, só o estudo é que vai proporcionar uma vida melhor. A escolha é de vocês.

Eu já fiz a minha escolha e posso afirmar que, se estou onde estou, isso devo muito ao professor Aldo Nascimento e à professsora Osmarina, pessoas odiadas por muitos, mas amadas por muitos também.

Pensem! Reflitam!

José Pinheiro
Acadêmico de Jornalismo - UFAC

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Dois comentários breves

Ao ex-aluno do Ideal

Quando um aluno, sem motivo, agride uma pessoa em uma instituição de ensino ou fora dela, o caminho é a polícia. Na delegacia, formalizei uma notícia-crime contra o aluno da escola Heloísa Mourão Marques. Se você se identificasse neste blog, o mesmo ocorreria contigo.

Agora, não perca teu precioso tempo para me xingar neste blog. Use o deus Crono para estudar a língua portuguesa a fim de escrever com elegância e inteligência.

Ao ex-aluno da escola HMM

José, você é suspeito para falar sobre seu ex-professor Aldo Nascimento, porque transita entre nós admiração mútua. Conheço um pouco de tua vida e sei que tua família é senhora de uma dignidade ímpar. Ela ofertou a ti e a tua irmã o respeito pelos semelhantes.

Quando falo bem deste Acre, é porque conheço pessoas como você, José. Simples, tu és aquele rapaz que ordenhava vaca para ajudar a família no sustento. Filho de família rural e humilde, teu caráter, meu jovem, não se compara a certos filhinhos da elite acreana.

Da escola Heloísa Mourão Marques, tua dedicação e inteligência conduziram-no à faculdade de teu desejo: jornalismo.

Ocupe as instituições, José, e mude o mundo a partir do lugar em que você se encontra. Não se renda à indiferença e nem ao cinismo alegre dos tolos, porque Deus não vive no descaso e no fingimento.

Lamento que a escola Heloísa Mourão Marques tenha sido muito pouca para você, José.

"Álbum de Família", de Nelson Rodrigues (1)

No curso Ideal, expus, em 45 minutos, uma breve análise da tragédia Álbum de Família. O início, Staiger: "Quando se destrói a razão de uma existência humana (...), nasce a tragédia."

Se a "razão", segundo os árcades, mantém o equilíbrio, na obra de Nelson Rodrigues, essa temperança inexiste quando D. Senhorinha e filho Nonô relacionam-se sexualmente.

Esse ato entre mãe e filho violou um conceito inerente à família: o sagrado. Uma vez violado pela desrazão de um prazer orgânico, dessacralizado, germina-se o trágico, a desgraça, o desencontro, a morte.

terça-feira, setembro 25, 2007

"Vai tomar no..."

Hoje, alunos de outra turma não se encontravam em sala e resolveram bagunçar perto da sala onde eu lecionava. Trata-se de um problema antigo que a atual direção não resolve na escola Heloísa Mourão Marques.

A câmera inibe o abuso

Sem solução, restou a mim uma câmera que, ao filmar, inibe o abuso. O aluno, quando viu que estava sendo filmado, retornou à sala.

À porta, uma inspetora entra. "Professor, nós fazemos o que é possível, porque os alunos são agressivos e não adianta levá-los à direção", reclama outra inspetora.

Contra a lei


A coordenadora disse-me certa vez que é proibido filmar na escola. É contra a lei. É preciso ocultar algo?

Sem solução, o professor entrega-se ao desânimo, porque não adianta falar, não adianta propor idéias, propor saídas, por exemplo, para o aluno que transita pelos corredores e incomoda as aulas de professores.

"Vai tomar no..."

Quando percebeu que estava sendo filmado, o aluno mandou "vai tomar no...". No vídeo, não é possível identificá-lo, nem eu queria. Só queria expor, por meio de um blog, um aluno que impõe na escola sua regra. Ele sabe que contra ele pouco será feito. Outros violaram normas. Na escola, o aluno é autoridade que afronta o professor.

Que medida a direção tomará contra um aluno que, em um vídeo, manda um professor "tomar no..."?

Quando uma escola não se impõe, a PM é chamada para impor ordem e disciplina. Muitas vezes, assiti a policiais "educando" alunos na escola Heloísa Mourão Marques.

Boné

Repare que o aluno no vídeo usa boné. Em uma reunião, corpo docente e direção afirmaram que aluno não entraria na escola com boné. Entra.

A princípio, boné não tem importância, não atrapalha o ensino-aprendizagem. A questão, entretanto, é que, em reuniões, proíbe-se algo para, depois, descumprir normas, acordos.

Ser diretor

Para que ser diretor se a sua função não garante nem a ordem para um professor lecionar em paz?

Estou determinado a dar visibilidade à escola pública por meio de um blog, por meio da tecnologia. Eis a democracia: transparência.



Açeçoria de Inpremça

Existe rígida fiscalização de portos e aeroportos para evitar a pirataria, mas há de se compreender as dimenções da Amazônia e as dificuldades de patrulhamento de milhares de quilômetros de nossas fronteiras."

1. Quanto recebe um açeçor? Essa ortografia insustentável foi plantada na açeçoria de governo.

Vamos almoçar?















Colega de jornal, Márcio Ferreira cedeu esta foto ao blog. O crime ortográfico ocorre no centro de Rio Branco.

"Almoçe bem". A língua sentou-se à mesa nesse restaurante e passa muito mal.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Ouvir a palavra

Quando se entra em uma igreja, fiéis ouvem a palavra. A sala de aula também é o lugar da palavra, por exemplo, nos livros.

Quando leio um romance para meus alunos, busco sempre o teatro da escola, porque, além dos ares-condicionados, pulsa o silêncio prefeito para a leitura. A leitura, sagrada.

Assim, às quartas-feiras, lemos Werther, de Goethe. Verbos são marcados. Pronomes, observados. Relação entre termos, analisada. Além disso, conceitos e palavras compõem valores românticos por meio de uma narração-carta.

Um estudo, portanto, sistemático, uma leitura que exige concentração. Alguns burocratas da educação dirão que isso é chato, que a aula dessa forma faz o aluno dormir. É preciso possibilitar uma aula prazerosa.

Burocratas não lêem romances. Nunca abriram um livro. Nem sempre saber confunde-se com sabor. Ler é chato. Faz a gente dormir.

Professor Aires

Na hora, escrevi Árison. Errei. Tentei corrigir, mas, depois de colocado, não é possível alterar a enquete.

Aires, desculpe-me!

quarta-feira, setembro 19, 2007

22 de novembro (2)

Na condição de candidato, mais algumas propostas:

1. Gestor deve, primeiro, dar exemplo. Se o seu horário de trabalho estiver exposto em mural, deve ser cumprido à risca. Mais: na condição de gestor, chegarei antes dos professores à escola;

2. Nossa gestão será avaliada a cada seis meses por meio de questionário. Depois disso, os serviços da escola serão avaliados pelos alunos e pelos pais. Os professores, por exemplo, serão avaliados pelos alunos;

3. Às segundas-feiras, o hino nacional será cantado no pátio da escola. Às sextas, o hino acreano. Esse ato ocorrerá antes dos alunos entrarem em sala. A escola precisa expor sua simbologia;

4. Em reuniões com os professores, por exemplo, o que ficar estabelecido em ata será cumprido. Metas serão cumpridas; e

5. Em nossa gestão, a escola Heloísa Mourão Marques obterá bons índices, por exemplo, no Enem. Nossa escola terá o objetivo de ser uma das melhores do Acre, e isso não se edifica sem ordem, disciplina & paixão.

22 de novembro (1)

Contrariarei a maioria que votou neste blog contra minha candidatura a gestor da escola Heloísa Mourão Marques. Na escola, muitos me apóiam. Sou candidato.

Neste blog, deixo algumas propostas de minha campanha Nós. Para começar, três pontos:

1. Colocar na secretaria escolar uma nova ficha de inscrição. Nessa ficha, constar o que os alunos desejam após o ensino médio. Se os números apontarem Universidade Federal do Acre, nossa gestão trabalhará para que o terceiro ano seja dedicado ao vestibular e ao Enem;

2. Para haver um terceiro ano forte, com qualidade, os melhores alunos do segundo ano de cada sala escolherão, por meio de questionário, seus melhores professores. Esses lecionarão no terceiro ano;

3. Esses professores deverão criar um material apropriado para o vestibular e para o Enem; e

4. Para que haja esse material didático, nossa gestão fortalecerá e sistematizará os conselhos de disciplina.

terça-feira, setembro 18, 2007

Ronda Jornalística

Escreve o repórter:

Acompanhado do ex-secretário de Comunicação Aníbal Diniz o ex-governador Jorge Viana almoçou segunda-feira, no Rio de Janeiro, com a direção do jornal O Globo, um dos maiores veículos de comunicação do País. No cardápio, muita conversa sobre a política e a economia do Brasil e do Acre, é claro! À tarde, Jorge Viana se encontrou com a direção da Ecodiesel, uma das maiores empresas do País.

1. Ex-secretário de Comunicação, Aníbal Diniz, o ex-governador Jorge Viana almoçou na segunda-feira. Se não colocar "na", significa que Jorge Viana almoçou a segunda-feira. Indigesto.

86 x 34

Voto pela internete é impessoal. A maioria (?) não votaria em mim para diretor de escola. Nelson Rodrigues me consola: "A unanimidade é burra."

segunda-feira, setembro 17, 2007

Gay é Carnaval


Foto de Val Fernandes.

Fernanda Abreu (5)

Foto de Val Fernandes.

Às 21h20, Fernandinha sobe ao palco para encarnar a cultura carioca e brasileira.

Lindo!

Foto de Val Fernandes.

A alegria de não ser padrão de beleza. O mundo seria muito chato se fosse só evangélico.

Ronda Jornalística

"Depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) por dez votos a um julgou na semana passada procedente a ação direta de inconstitucionalidade, ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), declarando a inconstitucionalidade de ato da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul que criou subsídio mensal e vitalício, de valor igual ao percebido pelo chefe do Poder Executivo, em favor de ex-governadores daquele estado, o presidente da Assembléia Legislativa do Acre, Edvaldo Magalhães (PC do B), contestou ontem qualquer possibilidade da norma valer para o estado."

1. Leia com muita atenção e perceba a confusão de idéia nesse parágrafo de açeçor de inpremça. Trata-se de uma agressão contra os manuais básicos de redação jornalística. Na condição de revisor, já estou com um suicídio marcado para hoje. Como não tenho o hábito de faltar a meus encontros, parto dessa vida para nunca mais ver esse tipo de texto.

Fernanda Abreu (4)

Fernanda Abreu (3)


Matei um pouco a saudade do Rio de Janeiro por meio de uma cantora intensamente carioca.
"Rio 40 graus, cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos."

Fernanda Abreu (2)



Ouvir Fernanda Abreu é perceber a sensualidade carioca. Malandragem no palco. Fernanda estetizou o funk e misturou-o a outros ritmos.

Fernanda Abreu (1)


Era para ter começado às 19 horas, mas Fernanda Abreu subiu ao palco às 21h20.

O espetáculo terminou às 22h20. Simples e muito bom.

sábado, setembro 15, 2007

Evangélicos são contra Homossexuais


Eles são contra

Oscar Wilde

Roland Barthes

Michel Foucault

Mario de Andrade

Renato Russo

Ana Carolina

Cássia Eller

Fernando Gabeira

Evangélicos dizem que Deus são contra os homossexuais. Evangélicos falam por Deus. São Deus.

Contra Deus é o salário-mínimo. Contra Deus é a burrice. Contra Deus é a vulgaridade do sagrado. Deus não é uma verdade absoluta. Deus é uma pluralidade, por isso criou raças, línguas, culturas diferentes. Deus é um jardim com várias formas, com várias cores.

Se Deus quisesse a verdade absoluta, teria criado o jardim com uma só cor - a cor dos evangélicos.

Quem bom que há outras cores, e elas cabem em arco-íris.

O Sentir

Na página 279, o autor escreve "o pensamento objetivo ignora o sujeito da percepção. Isso ocorre porque ele se dá o mundo inteiramente pronto".

Considero Maurice Merleau-Ponty como pensador vital para que conceitos barrocos e românticos sejam repensados. Nas aulas de literatura, repito o que Paulo César Duque-Estrada, professor do Departamento de Filosofia da PUC-Rio e diretor do Núcleo de Estudos em Ética e Descontrução (Need), escreveu:

"(...) buscar libertar os conceitos que, ao longo da tradição, haviam enrijecido, pelo hábito de sua transmissão, em estruturas semânticas estáveis, fazendo-os retornar à experiência originária de pensamento da qual haviam brotado. (...)."

Em Fenomenologia da Percepção, no capítulo 1, ele reflete sobre O Sentir.

sexta-feira, setembro 14, 2007

AulA de LiteRaturA

Na quinta-feira, concluímos a compreensão sobre a primeira estrofe de uma poesia de Cláudio Manuel da Costa. Ei-la:

Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem, que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.

Com vários problemas em suas dissertações, tenho priorizado a organização textual do pensamento. Para isso, esforço-me para que dominem construções sintáticas simples, passando pelo uso correto de uma ordem sintática direta para que, em outro momento, saibam retirar termos dessa ordem a fim de que as vírgulas sejam colocadas.

Assim, a poesia contribui. O aluno, primeiro, precisa colocar na ordem sintática direta os dois primeiros versos:

Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;

Comos sabemos, o sujeito recebe a ação de um verbo. O que faz? Resposta,
a imaginação de um bem amado.

A imaginação de um bem amado faz
o quê? Faz
que o peito amante se transforme nele.

Na poesia, o aluno precisa ordenar a sintaxe-verso para, depois, garimpar as palavras no dicionário.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Perturbando Deus



No terminal de ônibus de Rio Branco, um homem prega a palavra do Senhor. Ficou até a noite perturbando Deus.

Há pessoas que não deixam Deus em paz.


quarta-feira, setembro 12, 2007

Reunião com os pais (2)












Quase um ano depois, a reunião com os pais revelou, mais uma vez, uma organização inadequada.

Na foto, o professor entrega os boletins aos pais em um espaço a serviço da desorganização. Quando lanço minhas críticas agudas, alguns se contorcem, porque erram demais.

São pais humildes, pessoas que recebem muito menos que um diretor de escola. Um diretor coloca no bolso, segundo informações, R$ 3,9 mil por mês, limpo, limpo, limpo.

Muitos pais recebem salário-mínimo ou salário mínimo. Alguns caminharam do Aeroporto Velho até a escola para receber as notas dos filhos e, quando chegaram à escola, um modelo de organização não acolhe os pais com atenção.

Eu, por exemplo, entreguei as notas depois das 11h25, isto é, após minha carga horária. Estava sozinho diante de pais impacientes por causa do relógio. Não pude dar atenção devida aos pais cujos filhos obtiveram notas ruins.

A escola, mais uma vez, não reconheceu diante de todos os bons alunos, jovens exemplares que se dedicam para não repetir os erros de seus pais. Edificar um novo destino.

Como servidor do estado do Acre há dez anos, entristeço-me com uma escola pública ainda desorganizada, com uma escola que revela sua incapacidade de qualificar até uma reunião com os pais.

Não deveria ser assim. Um diretor recebe bem e deveria ter o mínimo de inteligência e de sensibilidade para prestar um serviço ótimo a pessoas tão simples. Vontade de trabalhar, de suar a camisa.

Critico & proponho

Reunião não pode ser em dia de semana. O professor, como sabemos, não trabalha em um dia da semana - é o chamado dia de planejamento pedagógico, mas que nunca ocorre -, e esse dia, repito, sem trabalho, deveria ser transferido para sábado a fim de que houvesse a reunião entre pais e educadores.

Reunião não com todos os anos do ensino médio. Em um sábado, só com o primeiro ano. Em outro, só com o segundo. Em outro, só com o terceiro ano do ensino médio.

Em um sábado, por exemplo, no auditório da escola, reconhecer os bons alunos, jovens que são exemplos para outros. Para isso, alguém que saiba falar bem e que saiba expor palavras com firmeza de caráter e de ideais.

Se possível, premiá-los.

Em outro momento, um encontro entre professores de uma turma com os pais e com os filhos que não obtiveram boas notas e que não se comportam à altura. Para tanto, os conselhos de turma deveriam funcionar.

As idéias estão aí. No entanto, infelizmente, erros se alargam. Por que pessoas que se candidatam a gestor escolar não transformam o mundo a partir da escola? Porque isso exige disciplina, vontade de trabalhar. Isso exige a inteligência do sensível.

Antes de exigir do outro, exigir, primeiro, de si mesmo. Se quero meus professores às 7 horas em sala, eu, o diretor, devo chegar 15 minutos antes. Quem não sabe dar bons exemplos jamais terá bons imitadores, já dizia o velho Aristóteles.

No setor público, o salário deveria ser uma conseqüência de resultados. Não é. Candidatam-se alguns a gestor de escola para ter a chance de sair de sala, para ter a chance de ganhar por mês R$ 3,9 mil.

Se a mãe de uma aluna vende cachorro-quente na rua, se a mãe de uma aluna é faxineira, se a mãe de uma aluna recebe menos que um salário-mínimo, o gestor de escola, com quase R$ 4 mil no bolso, ri de nós.

Falta.
Falta.
Falta. Falta.
Falta.

Falta. Falta. Falta.


Falta a vontade alegre de transformar o mundo, e ele, eu sei, inicia-se em uma escola.

Reunião com os pais (1)














A foto revela como a direção escolar organizou a relação entre pais e professores no espaço físico para entregar as notas.

Isso ocorreu em dezembro de 2006. Cadeiras no corredor. A forma, inadequada.

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No blog Heloísa Mourão Marques, 21 de dezembro de 2006, escrevi na época:

Conversei com a professora-diretora Lúcia e como o coordenador de ensino, prof. Walmir, e disse-lhes sobre uma outra forma de organizar a reunião com os pais.

Penso que devemos dividir nota AZUL da nota VERMELHA.

AZUL - O boletim deve ser dado antes ao representante do Conselho de Turma para que ele leve esse boletim aos professores, por exemplo, da turma 2B. Dessa forma, eles conversarão entre si para que o corpo docente dessa turma - e não um indivíduo - apresente-se para os pais e reconheça, diante de todos, o mérito de cada aluno-filho, que, sobretudo, luta para ultrapassar limites sociais; e

VERMELHO - O mesmo procedimento deve ocorrer com os alunos que obtiveram notas ruins. Deve haver, por outro lado, maior comprometimento dos professores para que esse aluno não seja reduzido à nota baixa. É preciso dar apoio à família, dar motivação, cumplicidade a fim de que esse aluno supere seus problemas pessoais, a fim de que seja ouvido, a fim de que ultrapasse seus limites sociais. Esse aluno merece atenção redobrada.

Encontro com cada série - Essa sugestão foi dada pela professora-diretora Lúcia. Não é boa a idéia de haver um único encontro envolvendo todas as séries;

O aluno deve estar com os pais - Menor de idade ou não devem estar com os responsáveis. Caso não compareçam ou o pai não compareça, o boletim de N1 deverá ser entregue em N2; e

Penso que a professora-diretora Lúcia e o prof. Walmir devem, com o corpo docente, possibilitar uma nova ordem interna na escola pública.

Prof. Aldo Nascimento

Obrigado!!!

Professor, sou a favor de sua candidatura à direção da Escola Heloísa Mourão Marques. Se aceitasse voto de ex-aluno, com certeza votaria no senhor. Um abraço e tenho certeza de que o senhor fará um belo trabalho na direção dessa escola.

José Pinheiro,
Acadêmico de Comunicação Social/Jornalismo - UFAC.

Matéria de Josafá Batista

Esta matéria não foi publicada nos jornais acreanos por questões óbvias. Os blogs cumprem a função de expor o que a imprensa oculta. Os blogs são desobedientes, alguns.
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Mais de mil acreanos perdem
o direito à moradia no Bahia Velha

A lei: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança... a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

A prática: a Justiça, com o apoio da Segurança Pública, ordena a retirada de 1.060 famílias de uma área improdutiva do bairro Bahia Velha. Famílias pobres. Desamparadas.

Foi na quinta-feira passada. A Tropa de Choque da Polícia Militar, imponente, ostentava cacetetes e escudos novos. Imposto bem aplicado, pena que ali não houvesse bandidos. Impasse irrelevante. Rápidos, oficiais de Justiça exibiram a ordem (mandado de reintegração de posse) bem clara para qualquer entendedor. No papel, a sentença: a terra tinha dono.

E o dono mandou expulsar os invasores o mais rápido possível. E a polícia, consciente de seu papel policiador, cumpriu o dever. E na última quinta-feira, primeiro dia do feriadão prolongado para a imprensa, véspera do Dia da Pátria, cacetetes e escudos habilmente manejados puseram-se em ação.

E o cipó de aroeira voltou no lombo de quem mandou dar. Termina o feriado. Ontem, na área ainda ocupada pelos sem-teto, o pai não capinava a terra para plantar ou criar galinhas. A mãe não cozinhava macaxeira e feijão. As famílias uniram forças para reconstruir barracos desmontados no ardor do zelo policial.

Ao ver o repórter, a filha, cinco anos, abandona o naco de pão. Agarra-se à saia da mãe, chorosa, e grita:

- Mãe, olha o homem!

A mulher vira o rosto, que se fecha. Os braços descem. E arrebatam a filha do chão.

- Não é da polícia! - grita o repórter, ainda longe, meio surdo com o martelar da madeira. Gesticula com os braços e repete a frase, enquanto lembra o que havia lido, na sexta-feira, no blog de outro repórter, o Altino Machado (que trabalhara no feriado).

- Onde estará a Deusa Bárbara?

A má impressão se desfaz. Gente começa a se reunir, muita gente. Enxada ao ombro, chapéu de palha, camisa de campanha eleitoral, eles contam a mesma história com personagens diferentes. A mesma história, a mesma essência: desrespeito ao direito de quem nunca teve direito algum.

Medo, o amigo

As famílias podem receber a visita da polícia a qualquer momento. E temem isso. No acampamento do Bahia Velha, a noite não é só uma noite. Em cada acampado acampa-se também o medo.

“Dormimos rezando para que não nos retirem a terra, que antes da gente era improdutiva e não tinha uso algum. De repente, devido a uma questão de herança muito mal explicada, podemos perder tudo e ainda de forma humilhante. Não é pra ter medo?”, pergunta Deusa Oliveira - é ela! - , uma das líderes da comunidade.

Deusa Bárbara, como apelidara Altino, vai dormir hoje com um esquema de vigilância revezada. Aliás, vai participar dele. Medo e coragem na madrugada.

O medo não existia antes da intervenção policial. Só coragem para trabalhar. Um dos motivos é que, antes da ocupação, as famílias procuraram informações sobre a área. Descobriram que, além de ser realmente improdutiva, não havia impedimentos legais à ocupação.

A Justiça discordou. Veementemente. Pela sentença judicial, a área pertence a herdeiros de um terceiro e deve ser devolvida a eles. Saliva a boca do leviatã.

Ordem e progresso

Um grupo de instituições, como o Ministério Público Estadual (MPE), a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos e o Instituto de Terras do Acre (Iteracre) busca encontrar o elo perdido. A preocupação procede. Como pode haver democracia onde cidadãos não têm direito à moradia, direito constitucional?

“O MPE propôs uma ação de suspensão da liminar de reintegração de posse para defender os interesses das famílias que moram na área há mais tempo. No entanto, isso vai depender de um levantamento prévio, pois soubemos que alguns moram há mais de 10 anos.

A nossa preocupação é garantir o direito de posse dessas famílias”, explica o atormentado secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Henrique Corinto de Moura.

O secretário explica que o governo é contra a ocupação de terras porque a mesma Constituição garante o direito à propriedade privada. Mas há questões paralelas, como o direito à posse e o direito ao usucapião das famílias que ocuparam antes - nesses casos as ocupações tornam-se legais, mas só porque a lei quer.

“Quanto às demais famílias não beneficiadas pelo tempo de posse e em situação de risco social vamos propor uma medida de gestão. Mas isso também vai depender da análise da situação de cada família para ver se elas se enquadram em algum programa de assistência. Daí podemos descobrir qual o perfil delas e como o Estado poderá atendê-la, dentro da lei”, finaliza.

terça-feira, setembro 11, 2007

Sou candidato

No feriado, 71 alunos e 11 professores reuniram-se comigo: querem que eu seja candidato a gestor da escola Heloísa Mourão Marques.

Disse sim, sim, sim, eu me caso.

Amanhã, colocarei nossas propostas no blog para, em breve, iniciar a campanha. Professor Gleidson e professora Osmarina renunciarão para apoiar meu nome. Tudo muito bem acertado e articulado.

Mamãe disse por correio eletrônico que também me apóia. Virá ao Acre para fazer campanha. Valeu, mamãe!


Amada prima-irmã














Desejo a teus filhos, minha prima Maristela, a gulosa saborosa certeza de que a vida ergue-se na vontade de criar o bem.

Tião & Sibá

















PT
e PMDB liberam bancadas a votar com "consciência";
DEM e PSDB querem cassar Renan

GABRIELA GUERREIRORENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Um dia antes da votação que vai definir o futuro político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vários partidos definiram hoje a orientação que terão suas bancadas na sessão - que será secreta - que analisa amanhã o projeto de resolução que pede a cassação do peemedebista por quebra de decoro.

O PT e o PMDB decidiram liberar suas bancadas para votarem como quiser. Ou seja, não fizeram uma orientação explícita para os senadores votarem pela absolvição do peemedebista.
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Comentário

Desde meus 18 anos, voto no Partido dos Trabalhadores. Cheguei a pagar o dízimo. Cheguei a ir às ruas em 1989, quando Bisol foi o vice de Lula. Cheguei a militar em núcleo de base. Cheguei a fazer teatro de rua como forma de politizar o pedestre.

Cheguei a ver Luiza Erundina ser expulsa. Cheguei a ver Heloísa Helena ser expulsa. Cheguei a ver muitos serem expulsos.

Sobre as expulsões, li muito sobre "o indivíduo deve estar submetido ao partido". A decisão é partidária. Cheguei a ver um PT que não liberava votação individual, porque a decisão pertencia ao partido.

Mas o tempo passa. Sobre o caso Renan, o partido, uma vez no poder, libera os indivíduos. O PT não age como bloco. Nesse caso, o partido de Henfil - que Deus o tenha! - não é soberano, mas foi na época de Erundina e de Helena.

O PT acreano deveria se posicionar "nós votaremos..." Os senadores Tião Viana & Sibá Machado deveriam assumir seus votos publicamente, porque o PT sempre foi TRANSPARENTE.

É a nossa marca, não é verdade? Quando pulsa o poder, as marcas, outras.

Concluo com parte da matéria da repórter Gabriela.
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Já o PSDB e DEM orientaram suas bancadas - com exceção do senador João Tenório (AL), amigo de Renan - a votarem pela cassação do presidente do Senado.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), disse que os parlamentares vão votar de acordo com as suas "consciências".

"Não houve pedido nem orientação de voto. Entendemos que não cabe porque é uma situação em que cada senador é juiz, sua convicção deve ser formada com base no processo. Não houve orientação em nenhum sentido", disse.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Só na segunda

Queridos alunos,

assistam a estes três filmes nestes quatro dias:

Sobre romantismo e a razão,
Sociedade dos poetas mortos;

sobre romantismo,
Tristão e Isolda; e

sobre romantismo e a razão,
O triunfo do amor
.
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Retorno na segunda.

Passando




Passei
para fazer uma visita.

Passei.

Só tô passando.

A inocência social de uma deputada federal

Perpétua defende portaria que proíbe
sexo e violência em horário nobre no AC

A deputada federal Perpétua Almeida (PC do B-AC) defendeu nesta quarta-feira a íntegra da portaria editada pelo Ministério da Justiça que obriga as emissoras de TV a seguir a classificação indicativa de suas programações por horário e idade.

A portaria, que entra em vigor em janeiro de 2008, recebeu críticas de parte da bancada do Norte durante audiência pública realizada ontem na Comissão da Amazônia ontem.

O diretor de títulos e classificação do Ministério da Justiça, José Eduardo Carlos Romão, revelou que 70% dos brasileiros com menos de 18 anos preferem a televisão como forma de entretenimento, dos quais 58% não têm acompanhamento de um adulto e, conseqüentemente, não selecionam o conteúdo exibido abertamente em todos os horários.

“Ouvir o lado das emissoras é importante, mas não é justo que as crianças do Acre, por exemplo, fiquem sujeitas a cenas de sexo e de violência quando a noite mal está começando. É óbvio que no horário de verão este problema é maior ainda”, disse a deputada.
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Comentário

Falta muito pouco para que filmes sejam acessados por meio de celular. Antes que isso ocorra, eu vi na escola Heloísa Mourão Marques um grupo de adolescentes (quatro garotos e três garotas) no pátio assistindo a um vídeo.

Pornografia. Casais transando. Tudo por um celular. O que passa pela TV não se compara a esses vídeos.

E aí a deputada federal, em sua inocência, deseja limitar a ação da TV. A questão é muito mais complexa. A senhora simplifica demais a realidade.

A Vida é Bela

Foto de Gleilson Miranda
Com o megafone, ele: Aldo. À sua esquerda, o ciclista mais veloz do Acre, Márcio. O Pérola Negra é Selmo. Com o braço levantado, doido para ser alegre e voar, Werverton.

Felizes, muito longe de suas esposas, torcem pelo Rio Branco contra o Sampaio Corrêa, Campeonato Brasileiro da terceira divisão no belo estádio Arena da Floresta, em Rio Branco.

Eles aldoram ver a bola entrar com atacante e tudo para gritar gooooooooooool!!!

O Weverton joga muito bem, domina o que ocorre entre as quatro paredes, digo, entre as linhas do campo. Para ele, marcação só tem uma: homem a homem... e por trás. Gente boa.

Uma grande abraço, seus doidos!!!

Escola Pública

Um professor da escola Heloísa Mourão Marques reclama.

Ela está ficando experiente em usar "testas de fer... Ela está ficando experiente em usar "testas de ferro", alguém para avisar coisas importantes e/ou decisões questionáveis. Assim como em junho, um pseudo-feriado nos é empurrado goela abaixo, e note bem: o dia 28 de dezembro foi fixado como o término do ano letivo, só que vários professores não concluirão a carga horária. Eu, por exemplo, terei apenas em torno de 110 aulas nessa data, nas turmas em que leciono. Será que darão um "jeitinho"? O ato de lesar o aluno (pois faltarão a ele conteúdos importantes) e ao responsável deste (a má aplicação de seus impostos) deve ser denunciado. Mais professores poderiam usar sua voz para combater essas arbitrariedades também. Mostrariam compromisso para com o cotidiano escolar.

terça-feira, setembro 04, 2007

Minha

A V ida
é uma viagem


só de

V
ida


O V

bateu asas
e...

V
oou

O Riso


Não fui


Faltei

Altino, outra vez?

"Lei de Gerson".

O correto é lei de Gérson.

Altino, é assim mesmo?

"O pessoal da procuradoria ganha mais porque é quem redige o edital?"

6 de setembro, feriado

Um acordo entre professores da escola Heloísa Mourão Marques definiu que, se não fosse relevante, não haveria feriado. A gestora esteve presente, só não sei se registraram em ata.

Pois bem, na sexta-feira, 7 de Setembro, não haverá aula embora a pátria não seja reverenciada nas escolas toda semana.

Hoje, no entanto, uma surpresa: a gestora da escola, por meio de uma coordenadora, informou que não haverá aula na quinta-feira, dia 6. Feriado!?

De forma arbitrária - e não é a primeira vez -, a gestora, indiferente ao acordo entre corpo docente e gestão escolar, decide quando é "feriado", nesse caso, 6 de setembro.

Isso significa aula atrasada para ser reposta. Só professor repõe aula, ou seja, retarda o ano letivo por causa de um feriado que inexiste. Gestora não repõe carga horária.

Para isso, professores passaram por uma universidade.

Sanear ou sanar?

O professor Sérgio Nogueira Duarte da Silva publicou um ótimo livro, O português do dia-a-dia.

"O empréstimo visa a sanar nossas finanças" é incorreto.

"O empréstimo visa a sanear nossas finanças" é correto.

Soltando a franga para Altino Machado


Mandaram uma mensagem. Só pode ser do meu amigo Altino Machado. Ei-la:

"Rapaz, deixa de ser bobão. Estava escrito daquele jeito no jornal O Globo, de onde o artigo foi reproduzido. Manda uma cartinha pra família Marinho. Ou então espera que ela leia seu blog. Acessa o site ou então pega a edição do Globo, de sábado, e confere: "Jorge Viana, delegado do III Congresso do PT, foi prefeito de Rio Branco e governador do Acre". Seu blog está necessitando de leitores. Sacode a franga. E aldeias Yawanawá?

Altino, em seu blog, você comentou, de forma arrogante, sobre a coluna Bom-Dia!, da TRIBUNA, sabendo que eu reviso o jornal. A tua empáfia merecia uma resposta. Se deseja tecer críticas à escrita de colegas ou a correções, faça com muita segurança, muito bem fundamentado, porque, se vacilar, eu ofertarei a teus olhos a gosma de minha antipática imodéstia.

Não manderei uma cartinha "pra família Marinho", porque "pra" inexiste. O correto é "para". Além disso, prefiro "à família Marinho".

"Ou então espera". Escreva "ou então espere". "Acessa o site". Escreva "acesse o site". "Pega a edição". Escreva "pegue a edição". "E confere". Escreva "e confira".

Você deveria ter retificado o texto de O Globo, mas, assim como aldeias Yawanawá, você copia sem pensar como escreve.

Sei que você é muito lido no Acre e no Brasil. Reconheço que você tem seus méritos, mas vacila quando, ao tentar corrigir um colega de forma presunçosa, não apresenta fundamentação. Seus textos possuem erros de tua ignorância, mas nunca os comentei. Tenho também minha ignorância.

Agora, quando você expõe tua soberba contra mim, aí, meu caro amigo, eu solto a franga de minha arrogância. Viu a foto?

No meu caso, só eu, você e minha mamãe lêem meu blog. Tá bom assim. Basta.

Não é "sacode a franga", Altino. Use o MODO IMPERATIVO: sacuda a tua gramática.

E, acredite, mesmo escrevendo o que escrevi, eu o admiro.

segunda-feira, setembro 03, 2007

A Língua do Sinteac















Na condição de sindicato da educação, o Sinteac tem obrigações gramaticais.

Vírgula entre sujeito e verbo revela sindicalistas relaxados com a língua portuguesa. Há outros erros. Texto muito confuso.

Trata-se de uma vergonha publicar isso em uma escola. Aluno que lê pensa que está certo, por exemplo, emergêncial.

Isso já é abusar da ignorância. Tenham mais respeito pela LÍNGUA.

Festa Iauá 3


Foto de Romerito Aquino










No interior do Acre, entre Feijé e Cruzeiro do Sul, a nação iauanauá.

Antropologia de Altino Machado

Quando uma pessoa escreve aldeias Yawanawá, como é o caso de Altino Machado, ele deixou de ser jornalista para ser antropólogo. Não é só isso. Ele confunde número ordinário com romano, pensando que este pode substituir aquele. Não pode.

"Jorge Viana, delegado do III Congresso do PT, foi prefeito de Rio Branco e governador do Acre, assina o artigo publicado hoje no jornal O Globo."

1. Desde quando, Altino, III substitui 3o? Não é pelo fato de escreverem assim, meu caro, que você também escreverá. Copie o que é correto; e

2. Agora, ficarei no pé de tua ignorância.

sábado, setembro 01, 2007

Festa Iauá 2

Filmagem de Romerito Aquino

Festa Iauá 1

Foto de
Romerito Aquino

No íntimo da Floresta Amazônica.

Resposta a Altino Machado

Foto de Romerito Aquino

Altino escreveu:

A imprensa acreana continua um velho latifúndio de ignorância quando se refere aos índios - desconhece até a grafia correta das tribos. E agora surgem até mirações prêt-à-porter. Veja as duas notinhas intituladas "Iauanuauá" (sic), na coluna Bom Dia, d'A Tribuna de hoje
.

Altino, aprecio certos procedimentos teus, mas, quando o assunto é Língua Portuguesa, você não tem condições de discutir comigo, porque compreender o meu idioma é dedicação de uma vida. Não aprendi a escrever pelo hábito, mas por meio de estudo. O que você tem de CDs em casa, eu tenho de livro, muito bem lidos.

Você sabe muito bem que os povos indígenas não têm grafia, porque, claro, vivo, tim, pertencem à tradição oral. Ora, a grafia "Yawanwawá" surgiu da antropologia, ou seja, foi essa ciência que definiu como os repórteres devem escrever, como você deve escrever, Altino, porque, como teu jornalismo ignora certos aspectos da língua portuguesa, tua escrita reproduz o que outra ciência definiu como verdadeiro. A tua escrita jornalística, portanto, foi alienada por outro saber, o da antropologia.

A questão é esta: você escreve conforme a antropologia ou conforme bons manuais de redação do jornalismo?

Caso seja conforme os bons manuais de redação do jornalismo, visto que você não é antropólogo, abra Manual de Redação e Estilo, de Eduardo Martins, na página 145. Copio para ti, porque acho que você só abre livros de antropologia.

Página 145

Índios 1- Os nomes das tribos indígenas terão singular e plural, e serão adaptados ao português e escritos com inicial minúscula: os ianomâmis (e não os Yanomami), os caingangues (e não os Kaingang), os uaimiris (e não os Waimiri), os guaranis (e não os Guarany), os calapalos (e não os Kalapalo), os tupis, os bororos, os xavantes, os parecis, etc. 2 - Como adjetivo, terão apenas plural, mas não feminino: a índia calapalo, as nações coroados, os índios aimorés, etc.

Será que eu preciso dizer aos teus olhos quem é Eduardo Martins? O autor é reconhecido por Lygia Fagundes Telles e por Rachel de Queiroz. E garanto-lhe: escrevem bem melhor do que você e eu.

Por falar em teu texto, reconheço que você escreve bem, mas, ainda sim, comete muitos erros gramaticais, por exemplo, quando usa vírgula. Altino, você aprendeu a escrever por causa do hábito da redação de jornal e não pelo hábito da reflexão. Você repete o que outros escrevem, por exemplo, "Yawanawá".

Você escreve povos Yawanawá. Onde está o substantivo? O adjetivo concorda com o substantivo? Onde está o adjetivo pátrio? Se você não responde correto a essas perguntas, Altino, você está reinventando a língua portuguesa por meio da ignorância.

Hoje, um encarte da TRIBUNA foi de acordo com o autor do texto, meu colega Romerito Aquino. Ele pensa que deve ser povos Yawanawá. Não quis altercar com ele e deixei como Romerito escreveu. No caso dele, até compreendo, ele tem um irmão antropólogo, mas você, Altino, não tem. Sem irmão antropólogo, sugiro que consulte os manuais de tua profissão.