domingo, maio 20, 2012

A gestão do professor Waldir 2


Ontem, houve a entrega dos boletins aos pais dos alunos.


Essas reuniões deveriam ser melhor planejadas. Raras foram as bem planejadas na escola HMM. 

Raras.

Pulsa um hábito nessas reuniões de se falar mal dos estudantes ("os alunos estão agressivos", "os alunos não querem estudar") e ainda falam de forma genérica.

Os professores não apresentam números específicos. No entanto, não são todos os alunos. Na turmas, sabemos quais são, é uma minoria em cada sala.

A maioria não é violenta. A maioria se dedica aos estudos. Por que os professores não apresentam números no lugar das generalidades?

Outra: por que não elogiam os melhores alunos, os mais destacados? Não, os professores preferem dizer que "os alunos são agressivos".
Os alunos mal comportados e com notas ruins deveriam estar com os pais nos conselhos de turma em dias distribuídos na semana.

É um saco ouvir que "os alunos são agressivos". Generalidades das generalidades.

Que coisa chata!!!


A gestão do professor Waldir 1

Quase um semestre de gestão do meu colega de trabalho, o professor de Física Waldir.

Sobre gestão escolar, a imprensa acriana só noticia em época de eleição.

Fora desse período, só existe a petrificada mudez, porque os nossos jornais não são alfabetizados o suficiente para ler a importância da educação pública para a identidade de uma região.

Talvez não devamos falar do gestor, mas de uma parte do corpo docente e dos funcionários que o elegeu na prévia eleitoral.

Waldir, sabemos, é a consequência dessa parte de funcionários que não gostou da gestão anterior. Ora, se não gostamos de algo, se rejeitamos, é pelo fato de termos condições de fazer o melhor.

Se funcionários negaram o nome da Osmarina na prévia, isso não quer dizer que conquistas da gestão anterior não estarão na gestão atual.

Uma dessas conquistas: a ordem.

Osmarina deixou falhas para qualificar o ensino - disse isso a ela -, porque talvez sua prioridade tenha sido a ordem.

Certas vez, colocando o pé encostado no armário da escola, ela me chamou atenção: "Não coloque o pé aí". Outra vez, quando estava na sala dos professores para beber água, "não é horário de beber água, você deve estar em sala".

Jamais a vi como "desumana" ou "menos humana" por causa de suas "chatices". Jamais. Nesses meus anos de Acre, Osmarina foi a primeira diretora que conheci, porque ela ordenava, ou seja, ela colocava as pessoas no seu devido lugar.

Na escola pública, sabemos, a desordem existe, porque as pessoas desconhecem o seu lugar. Um aluno, se passar pela sala de professores, precisa pedir licença ou então não é lugar de aluno passar.

A ordem manifesta-se nos detalhes.

Hoje, brotam-se murmúrios de que a escola HMM está sendo regada pela desordem.

Eu permanece com a mesma postura de antes. A escola é o meu ambiente de trabalho e não gosto quando falam mal dela.

Qual será a postura dos funcionários que elegeram o professor Waldir na prévia?
         
Sem ordem, impossível o equilíbrio