terça-feira, fevereiro 02, 2010

Como Deus, o salário é eterno

O que escrever na primeira postagem de 2010? Poderia falar das férias. Coisa ridícula é essa de promoção pessoal. Poderia falar da reunião de professores da escola pública. Não somos notícias. Uma observação gramatical? Creio que não, porque, em época de eleições, uma crase ou uma colocação pronominal não são mais importantes do que o salário eterno dos que foram governadores acrianos.

Segundo Altino Machado, um ex-governador recebe R$ 23 mil por mês.

Lembro-me quando a inquieta Naluh Gouveia, com útero e dentes, manifestou-se contra esse privilégio de casta política. Hoje, querendo ou não, Naluh pertence à casta. Do berreiro indignado no passado, o silêncio privilegiado no presente. Os extremos se tocam. Não só ela, o PT silencia-se.

Como Deus, o salário de ex-governadores é eterno. O movimento parado sindical é indiferente. A sociedade civil organizada permite. Após quatro anos ou oito anos no Poder Executivo, ex-governadores receberão por toda a vida um salário de governador.

Fora da ordem, Romildo. Nabor. Cameli. Flaviano. Yolanda. Jorge. Deus os abençoou, e o povo diz amém. Só os imortais merecem tamanha graça.

O ano começou neste blogue. Voltei.