domingo, junho 02, 2013

Não me acostumo

Há 8 meses no Rio de Janeiro, após 20 anos no Acre, meu organismo ainda não se habituou ao corpo social desta cidade do Cristo Redontor.


Sempre desembarco na estação Carioca antes de caminhar para a faculdade. As aulas começam às 12h50, mas chego ao centro do Rio duas horas antes às segundas, quartas e sextas para apreciar livros das livrarias Leonardo Da Vinci e Travessa.

São lugares semelhantes a igrejas católicas por causa desta palavra: silêncio. Sento-me e leio algumas páginas. 

Há três meses, por causa de uma dessas leituras, a consequência foi comprar "A Construção da Sociedade do Trabalho no Brasil", de Adalberto Cardoso.

Para meus olhos, a única diferença entre Rio de Janeiro e Acre é cultural, ou seja, muitas livrarias, muitos cinemas e muitos teatros. E só suporto este tumulto de um grande centro por causa disto: cultura.

Se no Acre houvesse tantos e tantos bons filmes, tantos e tantos bons teatros, tantas e tantas boas livrarias...

O Acre me deu tranquilidade, por isso não tenho me acostumado ao Rio depois de 8 meses.