sexta-feira, abril 10, 2009

No Lugar da Reflexão, Jogos

Conforme o interesse do governo, Jorge Henrique, Anibal Diniz e Itaan Arruda programam a TV Aldeia. Aos domingos, tiraram de meus olhos Café Filosófico, da TV Cultura, e, no lugar da reflexão, deram às minhas retinas tão fatigadas jogos de futebol.

Por quase 20 minutos, assisti a uma partida, porém não vi os jogadores porque fiquei interessado pelas arquibancadas vazias. Onde estavam os torcedores do Rio Branco? E os do Nauas? Jogos sem torcidas, ou seja, arrecadação que não paga a iluminação do Arena da Floresta.

Quem paga? O dinheiro público, isto é, o contribuinte. Segundo informação de três jornalistas esportivos, com jogo ou sem jogo, o governo do Estado retira do contribuinte R$ 60 mil por mês para manter o Arena da Floresta. Em um ano, R$ 720 mil. Não custa repetir: vazio, o Arena vale por mês R$ 60 mil para ser sustentado pelo dinheiro público.











Na foto de Debora Mangrich, a miséria de quem torce fora do Arena por justiça social rápida como a jogada de um atacante.











Nesta outra foto de Debora Mangrich, o menino brinca com um pneu porque furtaram sua bola de futebol. Seu sonho, como o de muitos meninos, é ser jogador. Um dia, ele jogará no Arena pelo Rio Branco contra o Juventus diante de uma arquibancada vazia.

Depois, o craque será vendido para um grande time do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Como é importante o dinheiro público ser aplicado em prioridades sociais.

Café Filosófico, agora eu entendo, não é prioridade.