sábado, setembro 21, 2013

Um sindicalista e um prefeito

Um sindicalista

Em 1936, Sérgio Buarque escreveu sobre o homem cordial.
Isso não é novo. É o velho de novo. 
Homens públicos deste “berço esplêndido” me incomodam pelo simples motivos de receberem muito bem do contribuinte para que nós tenhamos um ensino público ruim.


Manoel Lima é um homem público e, desde o dia em que descobriu as redes sociais, ele a usa para projetar sua imagem (à esquerda na foto), e não suas ideias sobre educação pública.

Manoel é presidente de um sindicato da educação acriana, que arrecada muito dos professores e dos funcionários de apoio, mas, ao sair da direção, não submeterá o dinheiro do contribuinte a uma auditoria. Não se sabe como e quanto se gasta.
O que o Sinteac faz com o dinheiro dos outros?


Manoel tem, isso sim, projeto pessoal na política acriana, e o caminho mais cômodo é este: os professores.

No Facebook, sua presença é constante como garoto-propaganda da prefeitura, mas, em nenhum momento, ele pensa a educação pública.


Como homem público, ele me incomoda, porque recebe muito para fazer muito pouco pela educação acriana.

Um prefeito
Você se lembra das palavras do prefeito no dia de sua posse? Leia só estas:
1.         TRANSPORTE COLETIVO



No transporte coletivo, inauguramos a primeiro central de monitoramento da frota por GPS, o que agora permite ao usuário acompanhar em tempo real a movimentação dos ônibus e o horário de chegada no Terminal Urbano. Instalamos esta central na OCA e até o final de fevereiro a cidade contará com estes painéis também nas plataformas do Terminal Urbano. Visando melhorar a fluidez do trânsito, iniciamos pela Avenida Antônio da Rocha Viana um conjunto de intervenções na infraestrutura dos principais corredores de transporte da cidade. Medidas como a redução de rotatórias, melhoria da sinalização e da acessibilidade, com a construção de calçadas e rampas adaptadas para cadeirantes, serão executadas ao longo de toda a nossa gestão.


A senhora ou a contribuinte da foto já tem frota moderna de ônibus? Ela já acompanha em tempo real a movimentação dos ônibus? A nossa contribuinte já vê construção de calçadas por Rio Branco?

 2.         EDUCAÇÃO


Na educação, conduzida pelo nosso vice-prefeito, o Professor Márcio Batista, começamos o trabalho adotando medidas para assegurar o início do ano letivo. Abrimos concurso simplificado para preencher 604 novas vagas para professor e pessoal de apoio, asseguramos 300 novas vagas em creches comunitárias e conveniadas, destinadas a crianças de até 3 anos de idade. Neste mês de fevereiro, fruto do apoio da Presidenta Dilma através do Programa Brasil Carinhoso, licitaremos a construção de 10 novas creches para atender mais 1.650 crianças.


Em fevereiro, as DEZ creches foram construídas e já atendem a mais de 1.650 crianças? Essas creches têm qualidade?
  
3.         REPETIÇÕES: SAÚDE, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE COLETIVO
Vamos priorizar as ações básicas, papel principal do prefeito. Saúde, com o fortalecimento dos Centros de Saúde e das URAPs e educação, com as creches e as escolas de tempo integral, serão nossas prioridades. Daremos atenção especial ao nosso trânsito e ao transporte coletivo, buscando soluções criativas e intervenções nos corredores urbanos, ainda carentes de investimentos, como: a Apolônio Sales e a Jarbas Passarinho, a Estrada da Floresta, da Sobral, a Campo Grande e São Salvador e a Getúlio Vargas, por exemplo. Concluiremos a modernização da frota de ônibus e vamos construir terminais de integração nos bairros. Garantir mobilidade urbana é o maior desafio que as médias e grandes cidades enfrentam em todo país e no mundo. Em Rio Branco não é diferente, pois nossa frota de veículos cresce a 12% ao ano, três vezes mais que a população.


Modernizou-se a frota de ônibus? e as escolas com tempo integral?


Na essência do que é político, o cidadão, no fundo, com um pouco de lucidez, ele não quer abraço de um governante de um país tão pobre.

Ele quer que a palavra, proferida no dia de posse, seja cumprida, e o que foi dito no dia ainda é muito pouco.