sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Chico Science & Nação Zumbi




Hoje, faz dez anos que Chico Science saiu de cena, deixando uma identidade cultural ímpar. Chico não gostava de copiar os modelitos de São Paulo e do Rio de Janeiro, por isso ouviu o Nordeste, o Norte, Pernambuco, Maranhão, o som da metáfora do mangue. Sua música fascina, mistura ritmos. Seu grupo, Nação Zumbi.
Grupo pernambucano que surgiu com destaque no cenário da música a partir do movimento manguebeat, na década de 90, acompanhando o cantor e compositor Chico Science.
Com ele, a Nação Zumbi gravou dois discos, "Da Lama ao Caos" (94) e "Afrociberdelia" (96), graças aos quais conquistaram a fama no Brasil e excursionaram no exterior.
Alguns dos maiores sucessos foram "Rios, Pontes e Overdrives", "A Cidade", "Da Lama ao Caos", "Macô", "Corpo de Lama" e a versão para "Maracatu Atômico", de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, grande sucesso na voz de Gilberto Gil na década de 70.
Depois da morte de Science, num acidente de carro em 1997, em 2 de fevreiro, os integrantes da Nação Zumbi continuaram o trabalho, lançando logo em 1998 o álbum duplo "CSNZ" (ainda vinculado ao nome do ex-líder), incluindo um CD de músicas inéditas e ao vivo e um outro de remixes.
Oferto, agora, bloguista, aos teus olhos uma letra de Chico, ei-la: ela: A Cidade
O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas
Que cresceram com a força de pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas
Não importa se são ruins, nem importa se são boas
E a cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade se encontra prostituída
Por aqueles que a usaram em busca de saída
Ilusora de pessoas de outros lugares
A cidade e sua fama vai além dos mares
No meio da esperteza internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu
Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu
Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu
Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu
Num dia de sol Recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce

3 comentários:

Anônimo disse...

Ei Aldo, vejo que sua cabeça pensante deu até uma evoluída curtindo Chico Sciense e Nação Zumbi. Só para te lembrar Nordeste é e sempre será nordeste. O Norte fica por estas bandas daí. E eu continuo no Nordeste. Voltar para o meu habitat foi a melhor escolha.
Bjus reizinho.

lingualingua.blogspot.com disse...

O que vc pensa sobre o Acre? Só falta vc devolver os meus CDs.

Anônimo disse...

tenho seus cds não menino chato.
Que apurrinhação do cacete.
Lembra que tu foi na minha casa final de tarde e pegou todos eles???