sábado, novembro 10, 2007

Professor e Professora, assistam!!!













Hoje, madrugada, assisti a este bom filme do diretor americano Richard LaGravenese, Escritores da Liberdade.

Com sua narrativa simples, sem nenhuma pretensão de ser um filme autoral ou filme-arte, Escritores da Liberdade reproduz uma realidade que ocorreu em uma escola dos Estados Unidos, na última década do século 20.


Essa película une-se aos filmes Ao Mestre com Carinho, Sociedade dos Poetas Mortos e O Sorriso de Mona Lisa, formando um quadrívio exemplar sobre a escola.

Professora de Literatura, Erin apresenta Homero em sala de aula, mas, conforme os conflitos tomam dimensões maiores, ela opta por um livro que se relaciona à vida social desumana e violenta dos alunos.

Para isso, eles lerão
O Diário de Anne Frank. Amável e rígida, sensível e austera, Erin mostrou o que venho afirmando há tempo, que o ensino de literatura no ensino médio é distorção, é anacrônico, com sua divisão histórica: Barroco, Arcadismo, Romantismo, Parnasianismo.

Quando ela escolhe O Diário de Anne Frank, a disciplina Literatura deixou de ser indiferente às relações socioexistenciais dos jovens. Erin tematiza, isto é, ela não generaliza o conhecimento e, assim, não o fragmenta, mas, especificando-o, vasculha conceitos, reflete. Em outras palavras, aprofunda-se sobre o conceito violência.

Mas se aprofunda não só de forma racional, sistemática, Erin promove o lúdico, promove a razão do sensível, muito bem escrita por Maurice Merleau-Ponty.

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