terça-feira, março 18, 2008

"Amigo-urso"

Tempo atrás, chamaram-me de "amigo-urso". Sei que tenho um defeito: sou claro, muito mais do que a água do Saerb; não compactuo com o cinismo a fim de tirar proveito de algo ou de alguém. No meu trabalho, não articulo por trás para derrubar alguém. Sempre exponho idéias à luz do dia e, à noite, sempre levo vela ou lanterna.

Você que me chamou de "amigo-urso" deveria escrever para este blog, publicando quando e como fui falso com algum colega de profissão. O "amigo-urso" não fica em cima do muro. Minhas posições sempre foram evidentes.

Se eu fosse falso, acredite, seria tão perfeito que você nem perceberia, porque meus olhos leram mais de uma vez O Príncipe, de Maquiavel. Se eu fosse falso, faria um trabalho irreparável como fazem os canalhas.

Um comentário:

Framarg disse...

Nossa comvivência não foi muito intensa. tinhamos horizontes marcados pelas mesmas luzes, mas que focava sítios diferentes. mesmo assim, consegui entendê-lo na medida de minha grande ignorância. Permita-me então dizer-lhe duas palavras.
sempre o vi com muito encanto.
Sempre associei sua imagem, sua postura e atitude a uma bela história que li há muito tempo atrás em "Cervantes".
No caso em tom, o cavaleiro andante se via perdido em coragem, na luta contra inúmeros gigantes, destruidores dos santos proprósitos do herói apaixonado. ao seu lado Sancho tentava convecê-lo do engano do quadro: o que se apresentava não eram titãns, mas meros moinhos de vento. Uma ferrenha discurssão se abriu entre os dois. A dupla mostrou para o mundo medieval que a discordância era um valor a ser conquistado por todos os homens.
Não se importe com a divergência. è mais proveitoso perceber se o que nos negam tem mais valor que o que defendemos. deixe para o tempo e para a história descobrir quem são os loucos e se o que combatemos é ou não uma grande miragem. Um abraço de alguém que sente muita falta dasala de aula, e que se mantem firme porque acredita no regresso. Francisco Rodrigues Pedrosa