quarta-feira, março 26, 2008

PMDB & DEM

Folha de São Paulo






A gestão de Cesar Maia não informou o orçamento de 2007 e 2008; já o governo de Sérgio Cabral aplicou apenas R$ 704 mil neste ano

RAPHAEL GOMIDEDA
SUCURSAL DO RIO

O governo Sérgio Cabral (PMDB) reduziu em 48,6% (R$ 19,2 milhões) a previsão de gastos em prevenção e combate à dengue para este ano no Rio. Passou de R$ 39,5 milhões (valores atualizados) em 2007 para R$ 20,3 milhões em 2008.

A prefeitura de Cesar Maia (DEM) não planejou nenhuma ação direta ou programa de trabalho específico contra a dengue no Orçamento de 2007, embora tenha previsto R$ 37 milhões para "ações indiretas".

Dos R$ 20,3 milhões orçados para 2008, o Estado aplicou só R$ 704 mil na área até 24 de março -na fase crítica da epidemia, que já matou 49 pessoas. Isso equivale a 3,5% do previsto. Mantido esse ritmo, até o fim do ano 14% da verba terá sido aplicada. Tanto o Estado quanto o município do Rio reduziram os valores aplicados no controle da dengue nos últimos anos.

No Estado, desde 2004, foram cortadas as verbas de "vigilância epidemiológica (de doenças)" e "vigilância em saúde", de R$ 45,6 milhões (valores corrigidos pelo IGP-M) para R$ 39,5 milhões (2007). O montante liquidado pela prefeitura caiu de R$ 48,2 milhões (2003) para R$ 23,9 milhões (2006), em valores atualizados. A prefeitura não revelou os gastos de 2007 e os de 2008.

O vereador Carlos Eduardo (PSB) entrou com representação ontem no Ministério Público contra o prefeito Cesar Maia por "desvio de finalidade". Maia, disse ele, aplicou em outros programas uma verba do Ministério da Saúde destinada ao setor de vetores (transmissores de doenças, como o mosquito da dengue, por exemplo).

O vereador diz que Maia desviou mais da metade da verba de R$ 12 milhões destinada em 2006 ao combate à dengue - para ações de repressão à doença - na locação de ambulâncias e na limpeza de hospitais. O prefeito não comentou.
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Se os números estiverem corretos, PMDB e DEM (ex-PFL) são os únicos responsáveis pelas mortes ocorridas no Rio de Janeiro. Espero que tais partidos jamais administrem o Acre, porque estamos muito bem sem eles.

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