sábado, julho 26, 2008

Escola

Como é difícil transformar uma escola pública acreana. À margem da imprensa e sem visibilidade, a escola ainda permanece emudecida, por exemplo, na Assembléia Legislativa, lugar em que a educação deveria estar submetida a grandes debates, a grandes idéias educacionais.

Hoje, com a professora-gestora Osmarina, tenho a mais absoluta convicção de que a escola pública depende de um gestor compromissado com o erário. Um administrador que, primeiro, trabalhe para, aí sim, exigir dos outros trabalho. Gestor público deve dar exemplo.

Em administrações anteriores, professor de Educação Física não trabalhava, mas, todo mês, sem desconto, seu dinheiro estava na conta. Conversando com um funcionário, ele me disse que havia funcionário de apoio que aparecia na escola a cada 15 dias. Diretores sabiam, mas como poderiam cobrar se ficavam mais de 30 dias sem pisar na escola?

Acordos escusos com tais funcionários eram feitos antes da eleição para que a preguiça e o descaso "educassem" o cinismo de alguns. Por tais acordos, ganhavam dobra pós-eleição. Para quem abre muito a boca contra o incorreto em uma unidade de ensino, lecionar em uma escola pública no Acre ainda é muito difícil quando se tem a infelicidade da pseudodemocracia escolar votar em um candidato compromissado com o dinheiro que recebe como diretor, com a falsidade, com a arbitrariedade, com a preguiça.

A democracia escolhe, mas nem sempre escolhe o melhor.

Quem muda a escola é a direção, é um gestor, é sua equipe. Heloísa Mourão Marques está se transformando aos poucos para o que é melhor, e o melhor é debater boas idéias em uma reunião com todos, aprová-las conforme a maioria e executá-las com paixão e com disciplina.

Nestas eleições municipais, mais uma vez, as falas da oposição desqualificarão, por exemplo, o tema educação. A oposição acreana não é útil nem para a democracia.

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