De Aldo Nascimento
São 14h47 e não chove mais neste domingo de eleições. Retornei de minha seção eleitoral com a certeza de que Raimundo Angelim (PT) permanece por mais quatro anos à frente da prefeitura de Rio Branco. Com o trabalho que realizou como homem público e com a oposição partidária que o destino ofertou a Angelim, não preciso consultar os búzios para saber que os vermelhos colorirão esta terra ainda por um bom tempo.
Antes de Angelim na prefeitura e antes de Jorge Viana no Estado, o que a oposição melhor fez foi arruinar a administração pública com uma competência inigualável. O trabalho dessa escória foi tão perfeito que projetou e consolidou a Frente Popular na política acreana e nacional. Se foram tão inaptos para cuidar do município e do Estado, agora são ineptos como oposição para qualificar debates, para aprimorar a democracia, para apontar caminhos inteligentes. Boa parte da população não sente saudade deles, por isso acumulam perdas e mais perdas. E acumularão ainda mais.
Nestas eleições municipais, ninguém apresentou provas de que Raimundo Angelim tenha desviado dinheiro público para interesses ilícitos. Elas inexistem. O que a oposição apresentou foi uma mãe para comover eleitores. Em vão. A peteca caiu com mãe e tudo, e Petecão (PMN) perdeu do jeito que o povo quis.
Tião Bocalom (PSDB) mostrou mais uma vez que é candidato a prefeito de Rio Branco só para fazer propaganda de Acrelândia. O tucano até que é um belo pássaro com suas cores, mas o PSDB projetou um candidato sem brilho, sem condições de voar acima da mediocridade. Mas, em uma coisa, pelo menos, o candidato Bocalom foi convincente: depois das eleições, ele não andará de ônibus.
E Antônio Rocha, do P-SoL? O quê?! Quem?! Onde?! Quando?! Como?!
Na era do vazio, falta à oposição o que sobra na Frente Popular: o mito. Raimundo Angelim e Arnóbio Marques não são correligionários partidários, mas, acima de tudo, amigos deste mito, Jorge Viana - político sedutor que sabe como poucos teatralizar o discurso.
Políticos cacofônicos como Petecão, estressados como Bocalom e bobinhos como Antônio Rocha jamais superariam nestas eleições a “sombra” de Jorge Viana. Como se ainda não fosse o bastante, há entre Marina Silva, Arnóbio Marques, Jorge Viana e Raimundo Angelim a mais leal amizade, valor humano cultivado há anos por eles. Tamanha virtude não se obtém às vésperas de eleições com o nome 100% Popular. Amontoar Flaviano Melo, Márcio Bitar, Petecão e Cadaxo em uma coligação é saber que, depois das urnas, assim como o MDA, a brisa a desmanchará.
Mais quatro anos para Raimundo Angelim. Mais quatro anos para Arnóbio Marques. E pensar que isso, com essa pseudo-oposição, é só o começo.
domingo, outubro 05, 2008
Do jeito que o povo quis
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