terça-feira, março 03, 2009

Moisés Diniz tem razão, em parte















Estas fotos não pertencem à realidade do Jordão; pertencem ao Complexo do Alemão. Nelas, eu vejo o que não existe no Jordão: selvageria. Prefiro a selva dos acrianos.










O deputado comunista Moisés Diniz discursou na Assembleia Legislativa do Acre contra a matéria do Fantástico. Sobre Jordão, localizado no Acre, Diniz incomodou-se e comparou: Jordão ou Complexo do Alemão? Favela da Rocinha ou Jordão?

No Complexo do Alemão - rede de favelas localizada perto da Ilha do Governador -, acredito que todos tomem banho sob um chuveiro, mas não creio que tenham a paz, ainda que monótona, que Jordão emite. Eu não gostaria de morar no Complexo do Alemão. Embora não tenha chuveiro nas casas, se eu fosse escolher, passaria meus dias e minhas noites entre os rios, a mata e a preguiça do Jordão.

Por outro lado, o deputado perde quando o ponto é educação. Segundo a matéria da Globo, há um índice alto de crianças fora da escola. Sobre isso, houve o silêncio de um deputado que é líder do governo da Frente Popular.

Leia a matéria da jornalista Nayanne Santana, da TRIBUNA.
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Moisés Diniz diz que matéria sobre o Jordão foi preconceituosa
De Nayanne Santana

O deputado estadual Moisés Diniz (PC do B), líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), criticou a matéria do programa Fantástico, apresentada no último domingo, dia 1°, pela Rede Globo.

A reportagem, que mostrou os quatro municípios brasileiros com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), apontou Jordão, no Acre, como um dos que tem o pior desempenho no IDH.

“Acho que o Jordão ainda está muito distante de ser o melhor lugar para se viver, mas eu tenho certeza, porque convivo e vivo no Jordão e passo às vezes semanas no Jordão, e o Jordão é muito melhor de se viver do que EM uma favela do Complexo do Alemão ou na Favela da Rocinha”, declarou o parlamentar.

Diniz disse que está aberto para debater com qualquer defensor desse IDH, que, segundo ele, só avalia os critérios urbanos e esquece os “critérios de sustentabilidade, de um jeito diferente de se viver, que é a forma de viver na Amazônia”, afirmou o deputado.

Moisés Diniz sugeriu que o jornal que veiculou a reportagem falando da situação de Jordão e de Tarauacá deveria fazer uma matéria banhando-se no rio Tiete, mostrando que o rio está poluído ou que os repórteres fossem às favelas cariocas entrevistar a população.

“Não vão porque têm medo de levar um tiro de bala perdida, aí vem para o interior da Amazônia, vê um problema de dificuldade de abastecimento e fazem esse Carnaval. É uma matéria mentirosa, preconceituosa, anti-indígena, antiamazônica e antiflorestal”, concluiu Diniz.

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