domingo, maio 10, 2009

As feministas acrianas não são mães














Na história, mulheres conceberam à luz vários feminismos; um, porém, foi castrado pelas feministas acrianas, ei-lo: feminismo maternalista (1890-1930). No Acre, elas, todo ano, em 8 de março, reproduzem o discurso do trabalho, da economia.

No Dias das Mães, elas se ocultam, não aparecem em jornais, como se lar, família e maternidade não pertencessem à luta feminista. Para elas, o dia das mulheres é 8 de março. Burro engano. O dia das mulheres é o Dia das Mães.

Em 1905, Käthe Schirmacher afirmou que o verdadeiro trabalho é o trabalho do lar. "Não existe trabalho mais produtivo do que o da mãe, que, sozinha, cria o valor dos valores, que se chama um ser humano."

Em História das Mulheres - o século XX -, na página 440, Gisela Bock afirma que "Schirmacher protestou contra esta 'exploração da dona de casa e da mãe', argumentando que as mulheres, em nome de sua emancipação, não deveriam ter ainda de suportar a exploração acrescida de um emprego mal pago, mas que a sociedade lhes devia o reconhecimento social, político e econômico do seu trabalho doméstico".

Em 1892, a primeira conferência de mulheres a autodenminar-se "feminista" sublinhou a necessidade da proteção social para todas as mães.

Como Käthe Schirmacher, outras mulheres defenderam esse feminismo, por exemplo, Marguerite Durand, Nelly Roussel, Katti Anker Moller, Ellen Key. Sobre família, lar, as feministas acrianas calam-se e, no lugar dessas palavras, dizem que delegacia, polícia e lei ajudam a diminuir a violência contra a mulher.

No Dia das Mães, seu eu pudesse, daria às feministas acrianas o livro Rumo equivocado - o feminismo e alguns destinos -, da feminista Elisabeth Badinter.

Um comentário:

IVONE BENGOCHEA disse...

Nâo conheço a luta das mulheres acreanas, mas como toda a luta das minorias deve ser respeitada. Lar, cozinha, cuidar das crianças, lavar a louça, cortar cebolas nâo é uma tarefa exclusivamente feminina, pertence a homens e mulheres. Ser mâe biológica é uma opção de vida, nunca uma imposição social, ninguém é melhor ou pior por ter gerado filhos. Toda sociedade tem responsabilidade com as novas gerações. A luta feminista é favor da liberdade dos seres humanos, no capítulo das mulheres, ainda precisamos de mais delegacias, de extrair o machismo que mata. Mulheres sâo covardemente mortas, massacradas humilhadas. O dia das maes, dos pais, das criançãs, são datas comerciais para se vender. Só que dignidade se conquista,não está nas lojas. Bem viva as mães, os pais e todos neste domingo, na minha casa os homens lavam louça, cortam cebolas melhor do que eu, preciso deixar o registro. Acho muita severidade com as mulheres acreanas.