sexta-feira, outubro 16, 2009

Pré-Conferência Estadual de Comunicação

Infelizmente, não pude comparecer à pré-Conferência Estadual de Comunicação por causa do trabalho. Pela TV, assisti ao final. No palco, Aníbal Diniz, Marcos Afonso, Carlos Alberto e Toinho Alves. O organizador, Jorge Henrique.

Na plateia, duas pessoas ficaram em minha memória. Uma questionou o governo sobre a possibilidade de um jornalista formado trabalhar na imprensa oficial. Em sua resposta, Aníbal, representando a comunicação pública, disse que o governo não pode dar emprego a todos os jornalistas. Concordo. Ele só respondeu sem responder. Fugiu à pergunta.

Ausência de Espírito Republicano

A questão é que o governo só dá emprego a quem quer. É o governo quem escolhe o jornalista que trabalhará na imprensa para reproduzir os clichês oficiais. Nesse aspecto, o governo não tem "espírito republicano", ou seja, não oferece oportunidade igual a todos os jornalistas por meio de concurso público.

Quem trabalha na TV Aldeia? A escolha é pessoal, partidária, e isso se opõe ao espírito republicano. Isso, além de ser desigual, não seleciona os melhores. Repito: Aníbal não respondeu.

Toinho Alves foi muito feliz em suas colocações. Como pessoa pública, só gosto dele quando provoca, polemiza. "Sou a favor de o governo não dar mais dinheiro aos jornais e nem às TVs", ele disse. "A imprensa oficial está matando o talento de jovens que trabalham na imprensa oficial".

O Edinei Muniz tentou fincar na pré-conferência o maniqueísmo oposição x situação, o que é um erro. Deveria haver mais encontros sobre outros temas, sindicatos deveriam promover reflexões para guiar novas práticas sociais.

Faltou à esse breve encontro, entretanto, uma temática definida, reflexões sobre um tema específico. Na verdade, até houve, mas faltou comunicação.

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