terça-feira, fevereiro 16, 2010

Carnaval, Pátria e a morte de Momo






O governo do Acre usou os dias de Momo para propagar sua política de comunicação. "Viva o Carnaval na Floresta Digital" é propaganda de governo em uma festa que deveria ser popular. Os secretários de Cultura, se têm algum conhecimento sobre rei Momo, são figuras apagadas porque nunca colocaram o Carnaval rio-branquense em seu devido lugar simbólico.

No Dia da Pátria, 7 de Setembro, que é a festa do poder, tudo permanece em seu devido lugar. Nessa festa, o governo não faz a propaganda "7 de Setembro na Floresta Digital". Os signos do Dia da Pátria são fixos e preservados, isto é, a tradição do poder é mantida.

No Carnaval, entretanto, os signos linguísticos não são preservados, por exemplo, Momo. Os secretários de Cultura deveriam existir para preservar esses signos do Carnaval, porém Marcos Vinícius, da Prefeitura de Rio Brannco, não ocupa a Secretaria de Cultura para manter o sentido original do reino momesco.

Marcos - um carioca muito bem domesticado pelo poder - matou rei Momo e permanece impune em fevereiro todo ano. Em dias de Carnaval, esse secretário de Cultura deveria ser preso para não falar tanta besteira contra Momo.

TV Aldeia

Não conhecço comunicação como Aníbal Diniz, secretário do governo petista acriano, mas não sou estúpido o bastante para afirmar que a TV Aldeia emite qualidade, por exemplo, no Carnaval.

Seus repórteres, uniformizados, nunca colocaram roupas adequadas à festa, isto é, jamais se fantasiaram para entrevistar com alegria, com deboche, com riso. Para um Carnaval caricaturesco, nada mmelhor do que uma TV que não sabe o que é Carnaval, nada melhor do que repórteres sem graça e uniformizados a serviço do poder.

Mais um ano e não vi em Rio Branco o rei Momo escarnecendo ex-governadores com seus salários eternos. Não vi foliões com fantasias que desmascarassem os políticos. Não vi blocos que rissem do fanatismo de neopentecostais. Momo está morto.

Pior é saber que no próximo ano a enfadonha mesmice continuará.

Alterando os versos de Affonso Romano de Sant'Anna, termino:

Uma coisa é um Carnaval,
outra um ajuntamento.

Uma coisa é um Carnaval,
outra um alheamento.

Uma coisa é um Carnaval,
Outra um gerenciamento.

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