sábado, março 20, 2010

Pedagogia, a primeira semana

Na segunda semana de março, minhas aulas na faculdade de pedagogia iniciaram-se com a origem da gramática, tendo como base "Crátilo", de Platão, e "A vertente grega da gramática tradicional", de Maria Helena.

Platão definitivamente submeteu a palavra à condição de objeto, analisando e classificando-a. Não só isso. Como representante da razão clássica, ele, conforme sua concepção de língua, organizou a ação do corpo docente na escola.

Hoje, essa organização inexiste porque o modelo platônico foi desmoronado pela presença do texto e da leitura em sala de aula.

Com o fim da tradicional organização escolar, quando professores lecionavam fonologia, morfologia e sintaxe, o professor de leitura e de texto, passando por momento de crise, precisa se reorganizar fora de sala para fundamentar na prática um novo currículo oculto.

Se a palavra não passava de objeto para Platão, Bakhtin rompe com essa tradição em "Estética da criação verbal".

Bem, clique em Faculdade Euclides da Cunha e leia o conteúdo da aula.

2 comentários:

Rosangela Barros disse...

Ai, ai, ai: a palavra objeto estagnado de Platão é compreensível, pois nossa educação é o próprio reflexo da palavra objeto, porém o difícil é entender a filosofia marxista da linguagem de Mikhail Bakhtin: como ele deu vida à palavra e passou a percebê-la a partir do uso e função social? E por quê?... Eis aqui o que de mais interessante existe para o senhor nos ensinar, professor Aldo!...

Rebeca Rocha disse...

Estás cursando pedagogia?
Se Deus quiser também cursarei. 2011 que me aguarde.