Aprecio livros que recriam a vida, e vida, para mim, significa palavras e gestos que afetam as relações humanas. Recriar, entenda, sempre nos perturba, desestabiliza nossas vidas tão previsíveis pelas horas da rotina.
Aprecio livros que me deslocam deste tempo-rotina para o que ainda não existe e, por ainda não existir, minha alma já sente a ausência, saudade. Do que não existe no tempo previsível, disso, eu sinto falta em mim e nas relações humanas.
Por isso, por meio da força imaginativa da palavra escrita, arte que lateja em ótimos livros, recrio minha vida no meu eu para ir ao encontro teu com o que há de mais belo em nós: o nome. Ouça, chamo-me André, e minha vida encarna-se na obra inquietante de Lavoura Arcaica, esculpida por Raduan Nassar.
Só vou aos bons livros para retornar mais vivo aos teus olhos e afirmar que belas palavras escritas despertam em mim a importância de viver na forma de gestos intensos e suaves da paixão.
Aprendo com André que o ser apaixonado assenta as fundações de sua individualidade no verbo, na palavra laboriosa, imaginativa, incomum, intensa. Sem a força do dizer ao ser amado, não há paixão.
Quando emerge essa força laboriosa, imaginativa, incomum, intensa, a palavra rompe com a estabilidade das horas previsíveis quando André, em uma casa abandonada, igreja fundada por ele porque André é profeta de seu próprio destino, agradece a Deus o corpo não de Cristo, mas a carne-hóstia de Ana.
“Meu Deus, eu pedia, um milagre e eu na minha descrença Te devolvo a existência, me concede viver esta paixão singular (...).”
Aprecio livros que me deslocam deste tempo-rotina para o que ainda não existe e, por ainda não existir, minha alma já sente a ausência, saudade. Do que não existe no tempo previsível, disso, eu sinto falta em mim e nas relações humanas.
Por isso, por meio da força imaginativa da palavra escrita, arte que lateja em ótimos livros, recrio minha vida no meu eu para ir ao encontro teu com o que há de mais belo em nós: o nome. Ouça, chamo-me André, e minha vida encarna-se na obra inquietante de Lavoura Arcaica, esculpida por Raduan Nassar.
Só vou aos bons livros para retornar mais vivo aos teus olhos e afirmar que belas palavras escritas despertam em mim a importância de viver na forma de gestos intensos e suaves da paixão.
Aprendo com André que o ser apaixonado assenta as fundações de sua individualidade no verbo, na palavra laboriosa, imaginativa, incomum, intensa. Sem a força do dizer ao ser amado, não há paixão.
Quando emerge essa força laboriosa, imaginativa, incomum, intensa, a palavra rompe com a estabilidade das horas previsíveis quando André, em uma casa abandonada, igreja fundada por ele porque André é profeta de seu próprio destino, agradece a Deus o corpo não de Cristo, mas a carne-hóstia de Ana.
“Meu Deus, eu pedia, um milagre e eu na minha descrença Te devolvo a existência, me concede viver esta paixão singular (...).”
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