sexta-feira, junho 17, 2011

Deus não é homem!

Montagem da charmosa Thalita. O texto, meu. Dias antes da Parada Gay, postarei meu texto neste blogue e em um jornal de Rio Branco.

Agora, este pedaço:

VII - Êxodo 32:27-29, o Deus que mata

Lembro-me quando cada um cingiu a espada sobre o lado, cada um passou e tornou a passar pelo arraial de porta em porta, e matou cada um a seu irmão, cada um, a seu amigo, e cada um, a seu vizinho. Lembro-me, três mil homens assassinados a mando de um Deus vingativo para que cada um recebesse sua bênção. “Três mil homens mortos só porque ele tinha ficado irritado com a invenção de um suposto rival em figura de bezerro, Eu não fiz mais que matar um irmão e o senhor castigou-me, quero ver agora quem vai castigar o senhor por estas mortes”, pensou o personagem Caim, de José Saramago.

Após séculos sobre séculos, a Israel de Moisés ainda mata crianças palestinas na Faixa de Gaza, um campo de concentração delimitado pelo Deus dos judeus. Quando, entre 16 e 18 de setembro, o exército de Israel invadiu o Líbano em 1982, as armas de Jeová mataram 3,5 mil civis inocentes.

A Corte Suprema de Israel considerou o ministro da Defesa do país, Ariel Sharon, o responsável pelo massacre de Sabra e Chatila.
Sobre carnificinas, sobre assassinatos, sobre inocentes cadáveres, pastores acrianos calam-se; mas, quando o assunto é homossexualidade, pregam a ira do Senhor contra os que não foram, segundo eles, escolhidos por Jeová.

Dar o cu não pode. Um Deus que mata pode.