sexta-feira, março 02, 2012

A inútil literatura


Para a Secretaria de Educação do Acre, é Deus no céu e o Enem nas escolas. Tudo agora é gênero textual, menos o texto literário.

Com questões do Enem muito mais relacionadas aos  quadrinhos e muito menos a Machado de Assis, certos professores que trabalham no setor de Língua Portuguesa da secretaria divulgaram tanto gênero textual que a Literatura passou a ser ignorada por professores.

O Enem será modificado e, até onde estou informado, haverá um currículo nacional que exigirá leitura de obras literárias.

A secretaria, até hoje, mostra-se indiferente à leitura dessas obras, mas ela, se quisesse, poderia se antecipar, determinando que alunos dos ensinos fundamental e médio lessem uma quantidade de obras literárias durante o ano.

Seriam oito obras literárias clássicas e hodiernas - quatro nacionais e quatro estrangeiras -, sendo que quatro seriam escolhidas pela secretaria e quatros, pela escola.

Dessas oito, duas, além de lidas, seriam vistas em filmes, por exemplo, "Memórias Póstumas de Brás Cubas".

Quatro livros por semestre: textos mais simples seriam lidos em casa e textos mais complexos, lidos pelo professor na escola.

Um problema é que nas escolas não há sala de leitura, um lugar silencioso e confortável. Ler na sala de aula não seria o mais desejado por elas serem desconfortabilíssimas.

No entanto, como a Literatura não aquece a economia, não contribui para o progresso e o desenvolvimento do estado e muito menos nos faz dançar como "sertanejo universitário", tudo fica como está.  

       
 

Nenhum comentário: