Jornalista é sequestrado
pela milícia Olavo Bilac
Hoje, por volta das 2 horas da madrugada, o repórter Rutemberg Crispim, do jornal A Gazeta, foi sequestrado à porta de sua casa.
Quando o dia amanheceu, sua família recebeu um bilhete. Nele, os sequestradores disseram que, se sua mãe não o colocar outra vez na escola, Rutemberg será torturado em aulas particulares de Língua Portuguesa.
“Acreditamos que isso ocorreu porque, na capa do jornal, ele escreveu ‘o candidato à prefeito Marcus Alexandre (PT)’, dando, aos leitores, um péssimo exemplo de uso errado do fenômeno da crase”, disse Sérgio Nogueira, capitão da Grupo Especializado em Antissequestro Gramatical, o Geag.
O capitão Nogueira desconfia de que os sequestradores pertençam a uma dissidência da Polícia Ortográfica. Para ele, trata-se da milícia Olavo Bilac.
“Como perderam a paciência com alguns jornalistas acrianos, Olavo Bilac faz agora justiça gramatical com as próprias mãos”, observou o capitão Sérgio Nogueira. “Porque o bilhete está muito bem escrito, só pode ser Olavo Bilac.”
Sua mãe se recusa a pagar o resgate, que é colocar o filho outra vez na escola pública. Neste momento, o jornalista já deve estar sendo torturado no cativeiro de aulas particulares.
“Não adianta meu filho voltar a estudar na escola pública, lá não se ensina acentuação, pontuação, regência verbal, concordância verbal e muito menos crase, lá não se ensina gramática, agora tudo é gênero textual”, desabafou a mãe.
Segunda ela, Gutemberg jamais ouviu seus conselhos, um deles: não se coloca acento grave, indicador do fenômeno da crase, antes de palavras masculinas.
Há exceções, mas não no caso de “à prefeito”.
pela milícia Olavo Bilac
Hoje, por volta das 2 horas da madrugada, o repórter Rutemberg Crispim, do jornal A Gazeta, foi sequestrado à porta de sua casa.
Quando o dia amanheceu, sua família recebeu um bilhete. Nele, os sequestradores disseram que, se sua mãe não o colocar outra vez na escola, Rutemberg será torturado em aulas particulares de Língua Portuguesa.
“Acreditamos que isso ocorreu porque, na capa do jornal, ele escreveu ‘o candidato à prefeito Marcus Alexandre (PT)’, dando, aos leitores, um péssimo exemplo de uso errado do fenômeno da crase”, disse Sérgio Nogueira, capitão da Grupo Especializado em Antissequestro Gramatical, o Geag.
O capitão Nogueira desconfia de que os sequestradores pertençam a uma dissidência da Polícia Ortográfica. Para ele, trata-se da milícia Olavo Bilac.
“Como perderam a paciência com alguns jornalistas acrianos, Olavo Bilac faz agora justiça gramatical com as próprias mãos”, observou o capitão Sérgio Nogueira. “Porque o bilhete está muito bem escrito, só pode ser Olavo Bilac.”
Sua mãe se recusa a pagar o resgate, que é colocar o filho outra vez na escola pública. Neste momento, o jornalista já deve estar sendo torturado no cativeiro de aulas particulares.
“Não adianta meu filho voltar a estudar na escola pública, lá não se ensina acentuação, pontuação, regência verbal, concordância verbal e muito menos crase, lá não se ensina gramática, agora tudo é gênero textual”, desabafou a mãe.
Segunda ela, Gutemberg jamais ouviu seus conselhos, um deles: não se coloca acento grave, indicador do fenômeno da crase, antes de palavras masculinas.
Há exceções, mas não no caso de “à prefeito”.
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