sábado, julho 14, 2012

Uma escola pública

Ontem, após o término do semestre, realizou-se uma reunião entre direção e corpo docente em uma escola estadual.


Falar sobre a gestão do professor Waldir.

Comecei a dizer que parte do corpo docente o escolheu para desmanchar algo da gestão anterior.

Que algo?

Ora, desmanchar a rigidez da gestão anterior. Desmanchar o controle da gestão anterior. Desmanchar a ordem da gestão anterior. Desmanchar a cobrança da gestão anterior. Desmanchar a organização da gestão anterior.

Mas desmanchar para apresentar algo melhor?

Pois bem, parte desse corpo docente conseguiu, e alunos, funcionários e professores puderam ver o desmanche explícito no primeiro semestre.

O professor Waldir foi um meio para se colocar em prática o que parte do corpo docente  desejava fazer com a escola pública, por exemplo, professor faltar, faltar, faltar, faltar e, no final do mês, ainda receber seu dinheiro de forma integral, sem que uma falta tenha sido descontada.

Para isso, certos professores votaram em Waldir, porque, para eles, esses professores, "a gestão é mais humana". No entanto, deixar professor faltar sem descontar no bolso, não é mais humano, e sim mais injusto.

E quem não falta recebe um adicional no salário?

Eu sou o único responsável por haver a prévia eleitoral para que a escola Heloísa Mourão Marques tenha saído com o seu  candidato único. A prévia é ideia minha.

Iniciei isso na época da (indi)gestão da professora Lúcia, foi uma forma que eu encontrei para manter a unidade eleitoral em torno da professora Osmarina e do professor Waldir. Com isso, evitaram-se brigas, insultos, agressões entre candidatos da mesma  escola.

Waldir é consequência de uma prévia; é a consequência eleitoral sem tumulto, porque a professora Osmarina retirou seu nome após perder na prévia.

Se parte do corpo docente votou para desmanchar algo anterior - e conseguiu -, a unidade após uma prévia deve ser mantida para buscar a escola pública que podemos edificar com justeza, com igualdade para todos, com qualidade, com inteligência, com afetividade.

Com Ordem.

Se alguns desejam faltar, faltar, faltar, porque essa "liberdade" não havia antes; se alguns desejam não ser cobrados como antes; se alguns têm a "liberdade" que não havia antes; se alguns pensam a escola pública como lugar de desordem cínica, de preguiça alegre ou como lugar para reclamar de aluno, resta saber o que a atual gestão fará no segundo semestre de modo justo e, depois, de modo mais humano.
   

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