domingo, fevereiro 17, 2013

"Amor", de Michael Heneke


No sábado, dia 16 de fevereiro, quando comemoramos 7 anos e 9 meses de união, eu e Mony fomos ao Ponto Cine, em Guadalupe, subúrbio do Rio, para assistir ao denso filme "Amor".   


Ponto Cine é acolhedor. Sala pequena (100 lugares), muito confortável e uma tela ótima com ótimo som, o Ponto Cine guarda uma pequena biblioteca.

Puxa-se um assento branco e abrem-se, por exemplo, páginas de Vinícius de Moraes. Um cinema com biblioteca, isso é chique! Mais chique, o ingresso: 6 reais. Muita mais chique: só passa filme autoral. 


Considerado por críticos londrinos como melhor filme de 2012, "Amor" foi criado para olhares maduros.

Se pulsa beleza em suas cenas, ela lateja na dor, na velhice, na solidão. Na morte.

Por meio dessas palavras, ergue-se a alma de um esposo que cuida de Anne, senhora professora de música.


Ela tem a parte direita do corpo paralisada. Aos poucos, a degeneração a desfigura.

Mas o Amor ergue-se porque Ele nutre-se da dor, do sofrimento, da morte. Quanto mais obstáculo, quanto mais fim, mais e mais Amor.

Belíssimo filme. Muito melhor do que Expo-Acre. Muito melhor do que sambódromo. Muito melhor do que igrejas fanáticas.       

Nenhum comentário: