Sobre educação pública, uma
revista para muito além dos discursos políticos
De Aldo Nascimento
Quem fala à sociedade acriana são colunistas sociais, empresários, políticos, jornalistas, médicos. Quando o assunto é educação, por exemplo, ouve-se o secretário, escuta-se o político, assiste-se à reportagem; porém, por meio dos veículos de comunicação de massa, não se ouve o professor-mestre Jaci Pinto ou o professor-doutor Severo.
Pela televisão ou pelos jornais
escritos, políticos são os proprietários do que pode ser dito ao público, e
eles dizem porque os veículos de comunicação selecionam indivíduos por sua
representação social, isto é, o dizer de alguém é o dizer de um grupo. Permite-se
ao político se expressar porque ele é escolhido não por saber pensar a educação,
mas porque seu poder representa uma relação de troca.
Assim, muito padronizada, a voz
pública no Acre não revela questionamentos, reflexões, mas oculta novos
sentidos.
A revista Pontos da Educação quer
pensar a educação pública acriana por meio de palavras que possuem a autoridade
do conhecimento e da experiência. Se os jornais não registram as palavras de um
mestre em educação, se as rádios não emitem reflexões de quem defendeu uma tese
de doutorado ou se os programas de tevê não se importam com os pensamentos
profundos de um professor, a revista Pontos deseja ocupar esse vazio.
Hoje, 1º de março, no Museu dos Autonomistas, a revista será lançada por volta das 19 horas.
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