quinta-feira, maio 16, 2013

Sobre isso, abra a boca no dentista










Folha de São Paulo
15/05/2013 - 14h11

Marina diz que Feliciano é criticado
'por ser evangélico, e não por posições políticas'


FÁBIO GUIBU
DO RECIFE

Atualizado às 18h48.

A ex-senadora Marina Silva criticou nesta quarta-feira (15), no Recife, a discussão em torno do presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Marco Feliciano (PSC), e disse que considera "um erro" criticá-lo "por ser evangélico", e não "por posições políticas equivocadas".
Cotada para disputar a Presidência em 2014 pelo novo partido em formação, a Rede Sustentabilidade, Marina afirmou que "não se deve combater preconceito com preconceito".

Zanone Fraissat - 19.mar.2013/Folhapress
Marina Silva coleta assinaturas no SPFW
Marina Silva coleta assinaturas no SPFW
Feliciano, que é pastor evangélico, sofre pressões para deixar o comando da Comissão de Direitos Humanos por suas declarações polêmicas em relação aos gays e negros. Ele é alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por preconceito e discriminação.

"Não devemos fazer esse debate dessa forma", disse a ex-senadora, usando em seguida seu próprio nome para exemplificar. "O despreparo da Marina é porque ela está despreparada, não porque é evangélica."

As críticas, segundo ela, "devem ser feitas pelas ações e atitudes, não porque se é ateu, católico, evangélico, espírita ou judeu".

Em entrevista à "Rádio Jornal", Marina, que também é evangélica, afirmou que religião e política não devem ser misturadas e que considera "uma conquista" o Estado laico.

"Nas reuniões [que faço] com lideranças evangélicas procuro fazer em espaços neutros, para não transformar púlpito em palanque", declarou.

A ex-senadora já havia feito as mesmas declarações sobre a polêmica em torno de Feliciano na noite de terça-feira, em uma palestra com estudantes da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco). Ela nega que suas críticas sejam uma defesa do parlamentar. 

"Ele está sendo criticado por ser evangélico, e não por suas posições políticas equivocadas. A gente acaba combatendo preconceito com outro. Porque se ele fosse ateu, eu não gostaria de combater as posições equivocadas dele dizendo que era porque ele era ateu."
Em 2010, a ex-senadora, então candidata à Presidência pelo PV, declarou ser contra o a legalização do aborto e do casamento gay, embora afirme concordar com à união civil entre pessoas do mesmo sexo.

DILMA SEM MARCA

Na entrevista, Marina afirmou também que o governo da presidente Dilma Rousseff "ainda não tem uma marca", ao contrário de seus antecessores.

"A marca que está deixando até agora é do retrocesso na agenda socioambiental", disse. "É no governo da presidente Dilma que se retirou as competências do Ibama para fiscalizar desmatamento, que se aprovou uma lei para anistiar quem desmatou ilegalmente 40 milhões de hectares, que se mudou o Código Florestal", criticou.

Ela elogiou o governo por manter as políticas sociais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
osmar (141)
  1. ontem às 15h31
    Vou explicar  p a u s a d a m e n t e  para quem tem só dois neurônios: O casamento gay é opcional até entre os gays. Portanto, entre os heterossexuais, é óbvio que ele não é obrigatório. Deu pra entender ou precisa desenhar?

    Ele é criticado porque quer impor suas convicções PESSOAIS por meio da atribuições de um cargo público. Todos temos convicções PESSOAIS, mas o exercício de um cargo público impõe separar o pessoal da atuação profissional. Um político NÃO PODE propor ou manifestar-se favorável a preconceitos, a segregações, a restrições em função de opções sexuais. Se assim ela pensa, perdeu um voto de um indeciso para 2014.
    A candidata expõem seus dogmas e sua religiosidade em suas vestimentas e sua aparência. Demonstrando ser das correntes evangélicas (são centenas) mais radicais. Realmente Feliciano perto dela e um liberal em suas vaidades e com seu visual  mais afeminado que a maioria dos homossexuais. Não entendo como essa senhora convive com esse contrassenso da modernidade de suas propostas e suas bases morais e conceituais arcaicas.
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