sábado, fevereiro 06, 2016

A ESSÊNCIA segundo MARX e ENGELS

A editora Boitempo publicou em 2007 "A Ideologia Alemã", de Karl Marx e de Friedrich Engels. Em hipótese alguma, trata-se de uma obra filosófica, isso é evidente, porque os autores não pensam os conceitos; eles os jogam nas folhas.



Dois desses conceitos, "ser" e "essência". Nas páginas 46 e 47, escreve-se no rodapé que "a 'essência do peixe é o seu 'ser', a água - (...). A 'essência' do peixe de rio é a água de um rio. Mas esta última deixa de ser a 'essência' do peixe quando deixa de ser um meio de existência adequado ao peixe, tão logo o rio seja usado para servir à indústria, (...)".


Não são pensados no livro os conceitos "ser" e "essência", e o leitor que ignora leituras clássicas sobre o "ser" e a "essência" limita-se aos autores de "A Ideologia Alemã", que não pensam os conceitos, joga-os.



Quando Aristóteles pensou o "ser" e a "essência", ele não excluiu a vida (do peixe no rio), ele não excluiu uma vida melhor (para o peixe no rio).



Porque não visitam o pensamento clássico, porque não pensam conceitos no livro, Engels e Marx mutilam "ser" e "essência". E nem poderiam pensar, porque, segundo eles, "filosofia é lixo".

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