sexta-feira, março 30, 2007

Um detalhe educacional


Hoje, soube que pessoas responsáveis pelo ensino médio não admitem encontros pedagógicos aos sábados como se fossem aulas.
Em um dia da semana, o professor da rede pública estadual não leciona para planejar suas ações pedagógicas com a coordenadora de ensino. Esse encontro, no entanto, não ocorre, porque esse tempo do professor transformou-se em tempo vago ou folga.
Se ainda, entretanto, houvesse tempo para planejamento com a coordenadora, seria um erro, pois a disciplina Língua Portuguesa não depende de ações isoladas, mas articuladas entre os professores dessa área.
Tenho certeza de que não há na rede pública encontros pedagógicos entre as áreas e isso significa, também, não haver qualidade de ensino, porque cada um trabalha isolado.
Depois que o modelo clássico, base da gramática tradicional, foi substituído pela idéia de texto, princípio defendido pelos sofistas, os professores de Língua Portuguesa precisam dialogar a fim de buscar caminhos para uma melhor produção textual. A gramática, já não é de hoje, gira em torno do texto.
Na escola Heloísa Mourão Marques, até hoje, o corpo docente de Língua Portuguesa e de Literatura não possui um trabalho que seja a conseqüência de um diálogo entre os professores da área.
É preciso haver um material de redação criado pelos próprios professores. É preciso selecionar os problemas mais comuns nas redações. É preciso criar exercícios gramaticais e textuais a partir dos problemas redacionais. É preciso haver a reconstrução textual, segundo os parâmetros, nas aulas de Língua Portuguesa. É preciso haver papel adequado para a produção e para a correção de texto. É preciso criar um modo de lecionar produção de texto que obtenha resultado positivo. É preciso organização escolar para a área de Língua Portuguesa pensar, questionar, dialogar, problematizar, solucionar.
É preciso haver encontros aos sábados para que as áreas se reúnam.


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