quinta-feira, julho 26, 2007

Passagem poderá aumentar


Movimentos sociais fogem do debate,
e CMT aprova nova tarifa

De Jairo Barbosa

Nas três reuniões anteriores do Conselho Municipal de Transportes, os representantes dos movimentos sociais bateram o pé, protestaram e até promoveram desordem para impedir que as planilhas, propondo reajuste da tarifa, fossem analisadas.

Ontem, na reunião ordinária do CMT, convocado dentro do que prevê o regimento interno, a sociedade, representada por essas entidades, ficou sem voz.

Os representantes da Umarb, da Famac e do DCE fugiram do debate e perderam a oportunidade de se manifestarem, outra vez, contra o reajuste do preço da passagem de ônibus em Rio Branco.

Num encontro aberto, como deve ser toda reunião do conselho, o presidente Evaldo Viana, depois de ouvir cada conselheiro, colocou em votação a proposta de anulação da reunião do dia 15 de maio, quando a tarifa foi congelada.

Por unanimidade, os conselheiros tornaram sem efeito a decisão, abrindo caminho para apresentação das novas planilhas.

O superintendente da RB-Trans, Ricardo Torres, apresentou o estudo da prefeitura, sugerindo reajuste que aumentaria para R$ 1,88 o valor do preço da passagem.

“Para que a população tenha direito de exigir um transporte com qualidade, é preciso antes dar condições às empresas para que atendam a essas exigências. Nós cobramos isso das empresas. Carros novos, freqüência na linha e outras melhorias, mas entendemos que, sem um reajuste, o transporte coletivo em Rio Branco corre um sério risco”, justificou Torres.

Com bases nos estudos da própria Prefeitura, retroativo a janeiro de 2005, o Sindcol apresentou ao conselho proposta de reajuste para R$ 2,06.

O presidente do CMT apresentou uma terceira proposta, sugerindo a manutenção dos atuais R$ 1,75.

Por cinco votos a favor, a proposta do Sindicato das Empresas foi aprovada. Mas a decisão do conselho ainda será submetida à apreciação do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, que, após receber da RB-Trans a ata da reunião, tem um prazo de cinco dias para emitir seu parecer.

Em caso de aprovação, o novo valor da passagem de ônibus só poderá vigorar cinco dias após a publicação da decisão do prefeito no Diário Oficial. Nesse caso, o novo valor da tarifa do transporte coletivo só chegará ao usuário em agosto.

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