Diagramador do jornal A TRIBUNA, Márcio ri quando lê no jornal "internete". Altino Machado, quando pode, ri de mim quando coloco no jornal "internete".
Pois bem, senhores, conheço os seguintes registros:
1. Internet;
2. internet; e
3. internete.
Como Altino só vê escrito Internet, copia. Mas o fato é que os três registros estão corretos, mas a palavra, como passa por transformações, eu opto por uma explicação mais coerente.
Antes, escrevia-se INTERNET. Mas, em manuais jornalísticos, havendo quatro letras pronunciadas e não soletradas, escreve-se Internet. Só que, por causa de seu uso constante, Internet transformou-se em um substantivo comum, ou seja, internet, deixando de ser uma sigla. Assim, transformada em um veículo de comunicação de massa como os substantivos comuns televisão e rádio, a palavra é escrita assim: internet.
O gramático Celso Pedro Luft observa que na língua portuguesa não existe terminação com "t". Ele dá exemplos: shoot (chute), report (reporte e depois repórter), guichet (guichê), kitchenet (quitinete), filet (filé), cachet (cachê), camelot (camelô), carnet (carnê), bonnet (boné), blackout (blecaute), deficit (défice), cabaret (cabaré), lockout (loucate).
Poderia citar mais. O fato é que no livro de Celso Luft registra-se internete por uma questão, Altino e Márcio, de analogia.
Pois bem, senhores, conheço os seguintes registros:
1. Internet;
2. internet; e
3. internete.
Como Altino só vê escrito Internet, copia. Mas o fato é que os três registros estão corretos, mas a palavra, como passa por transformações, eu opto por uma explicação mais coerente.
Antes, escrevia-se INTERNET. Mas, em manuais jornalísticos, havendo quatro letras pronunciadas e não soletradas, escreve-se Internet. Só que, por causa de seu uso constante, Internet transformou-se em um substantivo comum, ou seja, internet, deixando de ser uma sigla. Assim, transformada em um veículo de comunicação de massa como os substantivos comuns televisão e rádio, a palavra é escrita assim: internet.
O gramático Celso Pedro Luft observa que na língua portuguesa não existe terminação com "t". Ele dá exemplos: shoot (chute), report (reporte e depois repórter), guichet (guichê), kitchenet (quitinete), filet (filé), cachet (cachê), camelot (camelô), carnet (carnê), bonnet (boné), blackout (blecaute), deficit (défice), cabaret (cabaré), lockout (loucate).
Poderia citar mais. O fato é que no livro de Celso Luft registra-se internete por uma questão, Altino e Márcio, de analogia.
3 comentários:
Aldo, não achas circular a explicação de CPL? Ora, diz-se que, na língua portuguesa, não existe palavra com grafia terminada por "t". Logo, diante de uma palavra terminada em "t" (como déficit ou internet), diremos que ela não existe ou que deve ter sua grafia substituída. É tomar algo como certo, independentemente das evidências contrárias.
Entendo que a observação de CPL tem caráter mais normativo do que descritivo, ainda assim, sua motivação parece fraca.
Internet e internete são usos corretos. Agora, como a língua passa por transformações e como em português não há terminação com "t", eu opto pela posição do professor Celso Luft. Não é minha argumentação, é a dele. Entre os gramáticos, para mim, ele tem a melhor razão, porque ele estabelece analogia entre internete e outras palavras.
Aldo, internet não é sigla. Nunca foi.
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