terça-feira, março 30, 2010

Soneto do Amor Total












Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

4 comentários:

Jamylle disse...

Que lindooo!
Isso que é amor *-----*

Rebeca Rocha disse...

own que bonitinho :)

Mony disse...

Só há uma palavra que nos separa: a morte, e mesmo assim só a carne, o corpo. Aldo, somos eternos, porque a Alma é eterna.

Eu te amo mais do que a mim mesma.

Gregório D. Mendes disse...

Aldo, tenho um blog, e preciso que você me critique http://bocadoinfernodoacre.blogspot.com/ . Ficarei muito agradecido se me visitar. Ah, fui seu aluno em 98, no Cerb, na Grécia antiga.