sábado, maio 05, 2012

Uma funcionária da Secretaria de Educação do Acre

Uma aluna diz à sua mãe que o professor a destratou em sala de aula. A mãe e a irmã da aluna vão à Secretaria de Educação.

Uma funcionária diz à mãe e à irmã que o professor tem muitos processos contra ele e que se trata de um indivíduo que só apronta confusão.

Depois, instrui para que a família da aluna vá ao Ministério Público para processá-lo.

Achando pouco, essa funcionária pressiona a escola para que o professor seja retirado da unidade de ensino e que leve ainda uma advertência.

Uma instituição não pode agir dessa forma. Isso é abuso de poder. Abuso. A funcionária confunde antipatia por uma pessoa com o cargo que ocupa em uma secretaria. Impressões pessoais não coadunam com a ética e com a imparcialidade de uma instituição de ensino.

Antes de qualquer condenação prévia ou unilateral, a sala de aula em que o fato ocorreu deve ser ouvida. Alunos simpáticos ou antipáticos ao professor devem ser ouvidos.

Eles presenciaram tudo. Eles ouviram tudo. Não é funcionária que assiste às aulas do professor mas eles, somente eles: os alunos.

Só quem pode falar de um professor com justeza(sua postura, suas brincadeiras, sua responsabilidade, sua irresponsabilidade, suas humilhações, seus constrangimentos, sua alegria, sua agressão, sua gentileza, se ele bom, se ele é ruim) é o aluno.

Os alunos, entretanto, não foram ouvidos. Uma acusação em si mesma determinou o que o professor é, sendo ainda essa acusação parcial, instruída ainda por uma funcionária parcial.

Isso não é justo.      




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